Nossa Senhora das Graças

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Data da fundação

12/09/2002

Setor

Sapopemba

Endereço

 Rua Serra de Capivaruçu , 274 , Vila Renato (Zona Leste)

Contato

 (11) 2703-2175
 Atendimento da secretaria
De segunda a sexta-feira
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Sábado
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Breve história 

Paróquia Nossa Senhora das Graças- Jardim Elba

No ano de 1972, na garagem da residência do casal José Vitorino e Isabel, reunia-se um grupo que rezava o terço e discutia problemas comuns entre eles. Participaram desse grupo inicialmente as seguintes pessoas: Napoleão, Clarinda, Nadir, Mário dos Anjos, Antonia Pianta, Joaquim, Nenê, Dércio, Josefa, Claro, Vanderlei e Carolina, Maria Honória e a família Teodoro. O grupo foi crescendo e, a pedido, em 1973, vieram para ajudá-lo os seminaristas carlistas José Glicério Rezende (que logo se ordenou padre), Sérgio Jeremias e Moacir Balem. Vinham nos finais de semana e pousavam na residência dos participantes.

Wanderlei Rodrigues, ainda hoje (2008) ativo membro da comunidade, lembra que sua mãe Alice, a partir de uma promessa que fez para que o marido se desse bem como marceneiro numa pequena oficina que montou, começou em 1970 a realizar em todos os anos, no dia de São João, uma reza do terço seguida de uma confraternização em sua casa, o que acontece ainda hoje.

No dia 15 de julho desse ano de 1972 formou-se uma comissão visando à compra de um terreno e a construção de uma igreja. Organizaram quermesses e um sistema de carnês para arrecadação de doações dos moradores. Encontraram um terreno de 750 m² e a Cúria Metropolitana pagou um terço do valor de entrada e continuou ajudando. Há nos arquivos da paróquia uma ata da reunião de 15 de julho de 1973 que traz os nomes dos membros da primeira diretoria: Joaquim Oliveira Martins, Elias Manoel dos Santos, Décio Franchi, Arlindo Luiz Munari e Mário Fabri dos Anjos.

Já em 30 de julho de 1974 inaugurou-se a capela. No início de 1973 havia-se trabalhado nas casas a temática da Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e Libertação” e o lema “O egoísmo escraviza, o amor liberta”. Inspirado nela, se escolheu para a comunidade o nome “Igreja da Fraternidade” e acrescentou-se “Nossa Senhora das Graças” pela graça de se ter conseguido esse espaço.

Em 1974 vieram outros seminaristas carlistas: Luís Basségio e Adair Bagatine. Em novembro desse ano foi eleita uma nova diretoria para a comissão administrativa. Na capela começou-se a realizar cursos profissionalizantes. Mas o fato de o local ser considerado por parte do povo como inadequado para isso, a falta de espaço, fez com que os cursos fossem sendo retirados, restando apenas o curso de alfabetização. Mas a comissão não se acomodou. Em outubro de 1976, a comissão tomou conhecimento através da AVIM, Associação de Voluntários para a Integração dos Migrantes, de subvenções doadas pela Fundação Interamericana, a entidades carentes de ajuda monetária. Foi atrás e conseguiu uma verba de 36 mil dólares, que chegou às mãos de Napoleão Alexandrino Pirolo, em novembro de 1976. Construiu-se um salão de 160m² no andar térreo e duas salas de 50m² cada no andar superior. E aí se passou a ministrar cursos de alfabetização, costura industrial, datilografia e auxiliar de escritório. A inauguração desse prédio foi em setembro de 1977. Luís Basségio costumava dizer que a filosofia de trabalho da comissão administrativa era de promoção e integração social e não era paternalista ou assistencialista.

Entre os anos de 1975 e 1985, passaram pela comunidade muitos agentes de pastoral: Luís Basségio, Carlos Pedrini, Odair, Juarez, Alfredinho, Roque, Toni (padres carlistas); José Milese, José Glicério, Paulinho, Junior, Ademar, carlistas (seminaristas carlistas); Fernando Altemayer (seminarista secular); Inês, Terezinha, Erta, Nanci, Norma, Gregória, Del, Vanderluce, Irene (irmãs carlistas). E uma participante da comunidade, Cheila Sulenko, foi liberada pela Região Episcopal Belém para ser agente

de pastoral. Era comum ouvir esses agentes falar em CEBs, engajamento, opção pelos pobres, transformação social, protagonismo dos leigos. E citar trechos de documentos do Concílio Vaticano II e das Conferências de Medellin e Puebla.

Entre as ações sociais assumidas pela comunidade pode-se destacar, no ano de 1977, as reivindicações por posto de saúde, escola, água e luz. Em 1979, houve o apoio às greves dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, apoio que incluía arrecadação de alimentos e distribuição de cestas básicas para famílias de grevistas. E também, nesse ano, o fortalecimento de um grupo da Pastoral Operária, cujos membros se engajariam depois na formação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores. De 1980 pode-se destacar a conquista do terreno de Vila Nova União, quando muitos barracos da favela do Parque Santa Madalena desabaram com as fortes chuvas do mês de fevereiro. A Igreja ajudou os desabrigados na transferência para outro local. E depois passou a ajudar na busca de conquistar melhorias para os locais ocupados.

São bem lembrados alguns momentos desse período. Foi realizada uma caminhada reivindicatória com uma cobra de dez metros de comprimento feita de papelão. Numa das caminhadas pelo bairro, Dom Paulo Evaristo Arns esteve presente por mais de duas horas. Também Dom Luciano Mendes esteve presente em várias manifestações de protesto contra injustiças sociais e solicitações de melhorias. Chamou muita atenção as visitas do arcebispo de Milão, o Cardeal Martini, que vindo ao Brasil, fez questão de conhecer as Comunidades Eclesiais de Base. Chamou ainda atenção um fato que atingiu a imprensa: a recusa de uma doação da apresentadora de televisão Hebe Camargo, considerada assistencialista e oportunista. No ano de 1981 houve movimentações em torno de eleições para os conselhos de saúde, com muita panfletagem. E a pastoral operária local fazia colagem de cartazes apoiando a chapa de oposição para o sindicato dos metalúrgicos de São Paulo. Havia pequenas criatividades como a “Caninha Mato Pelego”, uma pinga vendida para arrecadar fundos para o movimento operário.

O primeiro ano desse trabalho de caráter sócio-transformador coincidiu com a perseguição e repressão política do governo militar. E podiam-se notar certas reservas desses agentes de pastoral para falar com a imprensa.

Os padres carlistas que atuaram mais tempo na área foram o Luís Basségio, onze anos de atuação, cinco como administrador da área pastoral. E Alfredo Gonçalves, que administrou depois a área do Jardim Elba até 1990, quando esse trabalho foi passado para os diocesanos. Insistiram na importância da descentralização, da formação de comunidades de Base. E surgiram várias delas. No início as comunidades. A Paróquia é composta por oito comunidades.

No dia 9 de setembro de 2002 foi à data da criação da paróquia Nossa Senhora das Graças pelo então Arcebispo, Dom Cláudio, Cardeal Hummes, tendo como primeiro pároco o Pe. Cláudio de Oliveira que ficou na paróquia até o ano de 2005. Em 2006 o padre Pe. Paulo Henrique Lino assumiu como segundo pároco até janeiro de 2014. Em fevereiro de 2014 o terceiro pároco assume a paróquia, o Pe. Francisco Reginaldo Henriques de Miranda que ficará a frente da mesma até 2020.

Paróquia a qual faz parte 
Paróquia Nossa Senhora Das Graças
Lugar - VF - Categoria e Nome 
Matriz Paroquial Nossa Senhora das Graças

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