Paróquia Sagrada Família

História

A Paróquia da Sagrada Família faz limites com as Paróquias de Nossa Sra. das Mercês (Vila Mercês), São Vicente de Paula (Moinho Velho), Nossa Sra. de Sião (V. Dom Pedro Primeiro), Santa Terezinha do Menino Jesus (Bosque da Saúde), Santo Afonso de Ligório (Água Funda) e Santa Ângela e São Serapião.

Quando o bairro começou a ser formado, as famílias católicas participavam da paróquia Santa Terezinha, no Bosque da Saúde. Como a igreja ficava distante deste bairro, as famílias sentiram a necessidade de encontrar um lugar mais perto para se reunirem.

Assim, de 06 de julho de 1954 até agosto de 1957, a pequena comunidade começou a se reunir em uma garagem cedida pelo Sr.Alcides de Assis, na rua Capitão Guilherme Pompeu, 152 para celebrar a liturgia. Com o passar do tempo e com o aumento do número de fiéis, formou-se uma comissão para a construção de um templo neste bairro. Em 16 de abril de1957 um terreno de 1440 m² foi doado à Cúria para essa finalidade. Fez-se necessária a presença de um sacerdote.

A Providência Divina enviou a Ordem Dominicana (Ordem dos Pregadores) para este bairro, na pessoa de Fr. Marcos Giraudo e Fr. Miguel Lanzani, vindos da Itália, Província de Lombardia em maio de 1957. Em julho, a Ordem Dominicana aceitou o compromisso de dirigir a Paróquia, sob a proteção da Sagrada Família. Aos 15 de agosto de1957, Fr. Marcos Giraudo celebrou a primeira missa provavelmente no local onde fora construída a Igreja.

Graças ao entusiasmo e o trabalho de toda a comunidade, iniciou-se a construção da Igreja provisória, que ficou pronta aos 12 de janeiro de 1958. A igreja foi consagrada por Dom Paulo Rolin Loureiro e entregue à cura dos dominicanos. Teve como primeiro pároco o brasileiro Fr. Celso Pereira de Almeida, hoje Dom Celso, Bispo Emérito de Itumbiara, GO. A Paróquia Sagrada Família não foi entregue a um só padre, mas ao convento dos frades dominicanos. No decorrer desses cinqüenta anos, foram párocos os seguintes frades:

1957 – 1967 Frei Celso Pereira de Almeida;
1967 – 1969 Frei Humberto Pereira de Almeida;
1969 – 1973 Frei Marcos Lacerda;
1973 – 1986 Frei Lourenço Maria Papin;
1986 – 1992 Frei Mário Rodrigues;
1992 – 1993 Frei Estevão Nunes;
1993 – 1999 Frei Lourenço Maria Papin;
1999 – 2001 Frei João Xerri;
2001 – 2005 Frei Vicente Micallef;
2005 – 2007 Frei Ângelo Mamo;
2007 – Frei Luis Antonio Alves.

Todos esses abnegados sacerdotes, cada um com seu jeito e com seus talentos próprios, souberam trabalhar em estreita colaboração com a comunidade e por isso esta cresceu não só no sentido espiritual, mas também social.

Em setembro de 1958, chegaram da Itália as imagens de madeira da Sagrada Família ofertada por Dona Margarida Define Frascat. Em outubro foi realizada a entronização das imagens, que se encontram na nossa matriz.

A comunidade, sempre ativa, não parou de crescer e era evidente a necessidade de um templo mais amplo para abrigar os fiéis. Em 11 de janeiro de 1976 foi feito o lançamento da campanha para a construção da tão sonhada igreja que mesmo antes de terminada era usada para as cerimônias religiosas.

A construção terminou em 1979 e em 15 de abril do mesmo ano, foi abençoada durante a celebração de uma missa solene por Dom Paulo Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo de S. Paulo e Dom António Celso Queiroz, bispo da Região Episcopal Ipiranga.

Em fevereiro de 1995, ao lado da igreja, foi inaugurado o novo convento Sagrada Família, onde hoje está à casa de formação teológica e filosófica dos dominicanos do Brasil.

A comunidade paroquial não consiste apenas na matriz. A nossa Paróquia inclui a comunidade de Cristo Operário, que juridicamente passou a pertencer à nossa paróquia em 2007 e é assistida por nossos frades, que residem lá. Conta com uma linda Capela, recém restaurada e é tombada pelo patrimônio histórico. Recentemente foram restauradas, também, à casa dos padres e a antiga escola, onde hoje está à sede de nossa Província. Nesse mesmo local, foi restaurada, ainda, a antiga fábrica de móveis “Unilabor”, onde hoje funciona a EDT, faculdade que leva o nome de Escola Dominicana de Teologia, que atende a diversas congregações religiosas e a leigos. A faculdade é afiliada à Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, o Angelicum em Roma, e o curso de Teologia é reconhecido pelo MEC.

Também fazem parte de nossa paróquia as comunidades do complexo habitacional Cingapura e a Comunidade Boqueirão, que escolheram como padroeira Nossa Senhora Aparecida”, que assim passa a ser chamada hoje. Essa comunidade está de cara nova. Ali se realizam um grande trabalho religioso e humanístico, que inclui cursos de língua espanhola, reforço escolar, artesanato, alfabetização de adultos, grupo de jovens, orientação médica e inclusão digital. Toda primeira sexta-feira do mês se celebra a eucaristia na casa de um morador. Os trabalhos são realizados em conjunto com a paróquia, com os frades, com as Irmãs Dominicanas de Monteils e a comunidade local. Esse projeto tem o nome de “Projeto Família Dominicana”.

Se cada um for, como disse Jesus, “Fermento na massa, sal da terra e luz do mundo”, então estaremos construindo uma grandiosa comunidade, uma igreja viva e santa. Que a Sagrada Família, São Domingos e nossos santos padroeiros nos ajudem. Amém!