Pároco
Pe. Genésio de Morais
Data de Fundação
11/02/1958
Decanato
São Filipe
Endereço
Rua Manoel Nascimento Pinto, 591
Jardim Guarani
Contato
E-mail
(11) 3921-3455
Expediente
Não informado
História
O terreno para a construção da igreja do Jardim Guarani, foi comprado por Josephina, missionária italiana, a pedido de Dom Agnelo Rossi, então cardeal de São Paulo.
“Em nossa caminhada, sempre contamos com o apoio da Igreja Católica. Os padres Patrício Maloughney e José McCarthy, da Congregação São Patrício, acompanharam de perto o início das lutas. Também ajudaram a formar a Associação Comunitária Todos Irmãos, responsável por diversas creches”, conta Irene Amaro dos Santos.
A construção da primeira capela da Igreja Católica no bairro foi coordenada por Josephina, com ajuda de um grupo de famílias do Bairro Pompéia. Esta iniciativa fazia parte do projeto Operação Periferia, desenvolvido pela Arquidiocese de São Paulo.
No início os moradores não participaram da construção. Com o passar do tempo algumas pessoas começaram a colaborar. Aos poucos a população local foi se envolvendo e a comunidade se consolidando.
“Em 29 de junho de 1975, dia de São Pedro, foi realizada a primeira reunião na nova capela, ainda sem piso e sem nome. Foram sugeridos diversos nomes de padroeiros. O nome escolhido foi São Francisco de Assis, indicado por João Rodrigues”, conta Irene.
Nessa época, a Igreja tinha atuação viva e concreta junto ao povo por meio dos padres, religiosas, seminaristas e lideranças de base. Com a saída dos padres de São Patrício chegaram os padres Missionários Oblatos de Maria Imaculada, Pedro Curran e Roberto Fitz.
Em 1981 aconteceu a famosa pancadaria da Freguesia do Ó. Na época o então governador Paulo Maluf visitava os bairros, no que ele chamava de governo itinerante. Os movimentos organizados na região foram apresentar suas reivindicações sendo surpreendidos pelos seguranças do governador: “Naquele dia, muita gente apanhou (homens, mulheres, lideranças do povo, religiosos e religiosas). Era 21 de junho. A data ficou na história da região”, relata a irmã Brígida McDonagh, da Congregação das Missionárias Médicas de Maria.
“A fase da Igreja comprometida com as lutas do povo se encerra com a chegada do padre Mário Celli, que não respeitou a história e nem a caminhada do povo, impondo seu projeto. Esse período foi bastante sofrido para as lideranças, pois a metodologia implantada na paróquia favoreceu a divisão e intriga entre grupos, levando muita gente a procurar outras comunidades católicas e mesmo Igrejas Evangélicas”, comentam lideranças do bairro, entre elas, Irene.
“Desde a saída do padre Mário, as lideranças estão tentando voltar à prática da solidariedade, da partilha e da comunhão. ‘Depois de uma tempestade sempre vem a brisa’. É isto que esperamos da atuação dos padres Júlio Gotardo e Jorge Feltrin em nosso meio”, relembra Irene.
Em 1986, saíram as escrituras definitivas dos moradores que compraram os terrenos há mais de 10 anos. “Foi um marco importante da nossa luta. Afinal, com as escrituras na mão, sentimos um alívio de que tudo era nosso”, afirma João.