Paróquia Nossa Senhora das Graças – Vila dos Andrades

História

Os primeiros registros sobre a fundação de nossa Paróquia datam no ano de 1948 e estão preservados no ´´Livro de Ata da Comissão pró Construção da Capela“.

A Ata nº 1 relata: ´´Com a graça de Deus, aos 26 de julho de 1948, reuniram-se uma comissão presidida pelo Revmo. Sr. Vigário da Paróquia Santo Antônio do Limão, Pe. Victorino, para se tratar da construção de uma capela nesta vila… Ficou deliberado a Comissão avistar-se com o Ilmo. Dr. Oswaldo Rudge, sobre a doação do terreno para a capela, e preparar o povo católico desta vila para esta grande realização“.

A Ata nº2, datada de 25 de novembro de 1948, diz: ´´Revmo. Pe. Vitorino apresentou com clareza a conversação com que teve com o Ilmo. Dr. Oswaldo Rudge, em que este afirmou que a doação do terreno já estava feita e entregava a escritura sem qualquer despesa, pedindo apenas que ´se não tivesse sido escolhido nenhum padroeiro da nova igreja, ele gostaria que fosse construída sob o patrocínio de Nossa Senhora das Graças. Foi aprovada por todos os presentes a sugestão de se levantar um templo nessa vila, invocando o Santíssimo Nome… “.

É comovente ver como nossa paróquia nasceu da dedicação, coragem e confiança de algumas poucas pessoas que, impulsionadas pelo Espirito Santo e veneração a Nossa Santa Mãe, venceram os mais difíceis obstáculos que na época se apresentavam.

Naquela época, o nosso bairro ainda era uma pequena vila cercada por vegetação, chácaras, nenhuma rua asfaltada, pequenas lagoas que se formavam no local onde hoje é o cemitério, e pela própria Cachoeirinha, que deu nome ao bairro.

Na Ata nº3 relata: ´´Com a graça de Deus, aos 16 de janeiro de 1949, foi levantado o Cruzeiro no local onde será construída a Igreja… Ele foi benzido solenemente pelo Vigário Revmo., Pe. Victorino, que no final falou ao povo católico em palavras cheias de amor e unção a Jesus Crucificado.

Nesse momento, compareceu ao local a bondosa Mãe do Dr. Moccia, trazendo nas mãos uma linda imagem da Nossa Senhora das Graças que ofereceu ao povo da Vila Nova Cachoeirinha“.

Outro acontecimento importante da época foi notícia dada pelo Pe. Victorino a Comissão: ´´Com a graça de Deus, aos 6 de julho de 1949, o Revmo. Pe. Victorino deu conhecimento aos presentes que o Revmo. Senhor Bispo Auxiliar da Arquidiocese viria benzer a Pedra Angular da futura Igreja Nossa Senhora das Graças“.

Em 12 de novembro de 1950, a Comissão ´´julgava que a Capela de Nossa Senhora das Graças estava em condições de ser inaugurada, marcando para o dia 8 de dezembro de 1950, dia da Imaculada Conceição para a grata solenidade“.

Tudo ocorreu dentro do maior capricho: ´´Uma missa foi celebrada as 9h da manhã, na qual a Capela foi abençoada pelo Pe. Victorino. Um grupo de crianças realizou sua 1ª comunhão, e após a missa foi servido uma lauta mesa de doces, café e leite. As 16h foi feita uma procissão…“.

Até que no dia 29 de Maio de 1954, o então Cardeal e Arcebispo Metropolitano de São Paulo, D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, assina o decreto de ereção da nova paróquia.

No dia 19 de junho de 1955 tomou posse o primeiro pároco: Pe. Nivardo Pedro Fontemaggi. Era uma pessoa muito dinâmica, jovial e alegre.

Após a sua chegada, continuou a reforma da Igreja.

Na fachada da antiga capela estava instalada aquela primeira imagem de Nossa Senhora das Graças, que fora oferecida de surpresa pela mãe do doador do terreno, a mesma que todos os anos é coroada durante a festa da Padroeira, e que saía carregada em procissão.

A primeira quermesse aconteceu em 13 de maio de 1956. A primeira visita pastoral aconteceu em 3 de junho de 1956. Em setembro do mesmo ano inaugurou o 1º salão paroquial.

Em Maio de 1957, começaram as escavações para os alicerces do novo corpo da igreja e da construção da torre. Novamente todos se uniram para mais esse desafio. E no dia 9 de Setembro do mesmo ano a obra foi entregue e eliminada.

No dia 8 de Dezembro de 1959, solenidade da Imaculada Conceição, os paroquianos tiveram a felicidade de ofertar á mãe de Deus o reboque da frente da Igreja, e o painel de azulejos do alto da fachada. Este painel foi pintado por um artista italiano (seguindo a tradição Cisterciense), amigo de Dom Nivardo e enviado a ele.

No dia 04 de agosto de 1964, chegava o segundo pároco de nossa Paróquia Dom Guido Salvatori.

Por volta de 1966 e 1967, nossa Paróquia foi reformada para estar dentro daquilo que o Vaticano II aconselhava: todo o corpo interno ´´capelinhas“ laterais que continham imagens de vários santos foram desmanchados e as imagens retiradas, ficando apenas a Nossa Senhora das Graças e o Cristo crucificado.

A mesa do altar foi construída e o padre passou a celebrar a missa em português e virado para o povo, que agora assumia uma participação essencial na celebração.

No dia 27 de novembro de 1966, foi comemorado pela primeira vez em nossa comunidade o dia da Padroeira, com uma missa solene, todos os cantos em português e não mais em latim.

Em 14 de janeiro de 1968, Dom Guido e o Conselho Paroquial decidem dividir a paróquia em 12 setores, com os seus respectivos coordenadores, para melhor distribuição dos serviços pastorais.

Já em 14 de setembro de 1968 com a presença da família Visconti, doadora do terreno, é inaugurada no Setor 2 a Capela de São Benedito, sendo até hoje motivo de alegria e orgulho para toda a comunidade.

Em 28 de outubro de 1984, o Padre Agostinho assumiu a nossa paróquia como pároco (depois de alguns padres que aqui ficaram provisoriamente: Padre Jorge, Padre Guilherme).

Uma de suas primeiras providencias foi a substituição das cadeiras pelos bancos de madeira, instalação do novo sistema de som e microfone.

Reformou a Capela do Santíssimo Sacramento, as salas de catequese, a Capela São Benedito no setor 2, a restauração do salão paroquial e a construção do salão São Bernardo.

Em 2010 iniciou a reforma da igreja. As celebrações passaram a ser realizada do salão.

Em 27 de novembro de 2016 foi inaugurada a Igreja, agora mais moderna e ampla, para o melhor acolhimento de todos da comunidade.

O padre Agostinho foi o pároco que permaneceu mais tempo na comunidade, sempre com grande esforço evangelizador e espiritual.