Paróquia Coração Eucarístico de Jesus e Santa Marina
Pároco
Pe. Marcos Roberto Souza Oliveira
Data de Fundação
08/12/1946
Decanato
São Lucas
Endereço
Rua Engenheiro Pegado, 374 - Vila Carrão
Contato
(11) 2296-4246
(11) 2941-0695
Expediente
Secretaria
Segunda e terça-feira: 08h20 a 17h
Quarta a sexta-feira: 08h20 às 18h
Sábado: 09h às 13h
Missas
Domingo: 07h, 09h, 10h30 e 18h00
Segunda-feira: 15h00
Quarta-feira: 19h30
Quinta-feira: 19h30
Sexta-feira: 9h30
Sábado: 15h00
1º sexta-feira do mês: 15h00
1º sábado do mês: 07h30
Confissões
Quarta a sexta-feira: 09h às 11h30
Sábado: 09h às 11h00
Antes e após as missas

História
Na Vila Carrão, no cruzamento da Avenida Guilherme Giorgi com a Rua Engenheiro Pegado, está localizada a matriz da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus e Santa Marina.
Em 1926 os católicos na Vila Carrão adquiriram um terreno onde ergueram uma pequena capelinha dedicada a Santa Marina. Em 1929, receberam a doação de uma imagem da Santa e nos anos seguintes se empenharam para a construção de uma capela definitiva, que em 8 de dezembro de 1946 foi erigida Paróquia. O templo foi ampliado ao longo das décadas.
HISTÓRIA DE SANTA MARINA
O pai daquela que seria, uma dúzia de séculos depois, a santa padroeira de nossa paróquia, perdeu a esposa muito cedo, ficando com uma filha muito pequena. Querendo consagrar-se totalmente a Deus em um mosteiro, confiou a filha a um parente. Tornou-se um monge vigoroso na fé, de grande experiência contemplativa e muito estimado.
Passado tempo, manifestou ao abade sua preocupação com o filho, já adolescente (não revelara ser filha), pensando até em retirar-se do convento, para cuidar dela. Obteve, então, a permissão para admiti-la junto de si. De cabelos cortados e vestida de hábito monástico, aquela jovem, com o nome de Marino, assumiu, com grande alegria, sua consagração, tornando-se, logo, o anjo do convento.
Introduzida na vida espiritual pelo pai (que veio a perder alguns anos mais tarde), embora fosse tão jovem, foi elevada por Deus a uma grande experiência de oração e de virtude. Vale notar que vivendo vida cenobita, i. é, em silêncio e reunindo-se em comunidade apenas para as orações, facilmente conseguiu esconder sua verdadeira identidade. Até hoje, p. ex., os monges camaldulenses, vivem assim.
Seguindo o costume da época, saiu, certa vez, com um monge mais velho, para vender os produtos do convento. Surpreendidos pela noite, receberam acolhida num albergue de estrada. A filha do dono, algum tempo depois, aparecendo grávida, atribuiu o acontecido ao monge Marino. Escandalizado, o pai, sem averiguar a verdade, correu ao mosteiro e fez, ao abade, a denúncia injuriosa. O abade, conhecendo a grandeza moral de seu monge, chamou-o para que desmentisse aquela grave calúnia. Podendo defender-se facilmente, calou-se como o doce cordeiro de Deus, o que lhe valeu expulsão imediata do mosteiro.
Vítima de uma falta que não cometera, e de coração doído, continuou fiel a seus votos, permanecendo às portas do convento. Recebia, humildemente, dos transeuntes, o pão amargado de ofensas e recriminações, pouco tempo depois partilhado com a criaturinha que lhe foi empurrada pela causadora de todo o seu sofrimento.
Três duros anos se passaram, antes que os monges tomassem consciência da situação desumana em que vivia a criatura mais bela do mosteiro. Temendo que morresse, ficando o mosteiro com a merecida fama, pediram insistentemente ao abade que lhe concedesse a readmissão, o que de fato veio a acontecer, mas não de graça. Foi sobrecarregada, não só de severas repreensões, mas com os serviços mais pesados e repugnantes do convento.
Marina aceitou tudo pacientemente, e cumpria todas as obrigações impostas quando, de repente, o Pai celeste determinou o fim dos seus sofrimentos, levando-a para sua Morada. O abade, admirado por uma morte tão súbita, atribui-a ao pecado, sem remissão, do monge faltoso, ordenando que fosse sepultado sem honras e longe do mosteiro.
Mas, qual não foi seu espanto e o dos monges, quando, preparando-o para a sepultura, descobriram sua real identidade.
Todos choraram, e mais ainda o abade, pela injustiça cometida. Ordenou que o corpo da virgem fosse imediatamente exposto na igreja conventual para ser venerado. A notícia se espalhou, rapidamente, por toda circunvizinhança, que acorreu para venerar tamanha maravilha, e glorificar a Deus em sua santa. O primeiro milagre foi justamente a favor de sua caluniadora, que recebendo a cura de sua demência, confessou, somente então, o nome do verdadeiro culpado.
A partir daí, o túmulo de Marina tornou-se glorioso. De todo lado vinham procissões de devotos louvando a Deus pelas maravilhas operadas por intercessão daquela santa que, com tanta humildade suportou tamanha infâmia e fez tão dura penitência para expiar um pecado alheio.
Êxito da força do perdão e da alegria da paz do Senhor, rogai por nós!