“Foi uma grande emoção acolher e acompanhar o santo padre aqui na Arquidiocese de São Paulo. Eu apenas cheguei a São Paulo e já tive esta graça de poder acolher o papa no Mosteiro São Bento. Foram dias de muita graça para a Arquidiocese de São Paulo, para todo o nosso povo. Eu gostaria de compartilhar esta minha felicidade e minha emoção também com todo o povo da Arquidiocese, os padres, os religiosos e religiosas, os diáconos, os seminaristas, todas as pessoas consagradas, todo o povo de nossas comunidades, os agentes de pastoral, as famílias, os jovens. O papa também estava muito feliz. Perto dele, a gente percebia que estava contente, feliz, alegre no encontro com o povo brasileiro. Ele estava descontraído, muito simples, muito paterno no relacionamento. Eu fiquei muito feliz de estar perto dele e acompanhá-lo mais de perto. E ainda mais e de modo muito especial com a canonização de Frei Galvão. São Paulo recebeu uma graça muito especial. Temos muito que agradecer a Deus. A conversa que mantivemos nos momentos mais descontraídos, primeiramente ele afirmou estar feliz por estar no mosteiro, com os monges de São Bento. Ele estava em sua casa. Por outro lado, ele gostou do contato com o povo. Todas as vezes que ele pôde, usou o balcão para abençoar o povo. Ele teceu também outros comentários que eu gostaria de passar a respeito da acolhida do povo na praça do mosteiro. Apesar do frio, da chuva, na hora de sua chegada, o povo lá estava para vê-lo. Ele ficou muito emocionado com esta acolhida. No encontro com a juventude no estádio do Pacaembu, o papa comentou que foi tudo muito bonito, muito bem preparado, muito bem realizado. Ele apreciou aquelas manifestações de carinho, os aplausos da juventude. Ele se sente muito perto da juventude e como um pai acolhe a juventude no seu coração. Sobre a missa no Campo de Marte, ele comentou que foi muito bonita e que teve um clima de verdadeira oração. É interessante que por duas vezes ele fez este comentário. Foi uma verdadeira celebração. Apesar da multidão tão grande, teve um clima de verdadeira oração. Em certos momentos, não se escutava ninguém. Ele fez este comentário verdadeiramente impressionado, dizendo também que a cerimônia estava bem organizada, os cantos bem escolhidos. Tanto que chegamos no final da celebração quase no horário previsto. Isso para quem é alemão é um fato importante. Quando se consegue fazer as coisas de acordo com o plano. Então, os comentários do papa no seu contato com o povo foram os melhores possíveis. Aproveito para saudar a todos com minha bênção, meu carinho. Ainda estou chegando a São Paulo e tive poucos contatos com o povo. Em Aparecida, devo ficar até 31 de maio mas trago todo o povo de São Paulo no meu coração e quero estar perto e acompanhar de perto os padres, os agentes de pastoral, o povo todo que sofre, os doentes. Todos moram no meu coração.”
Publicado em O SÃO PAULO, Ed. de 14/05/2007