O acordo entrou em vigor nesta segunda-feira, (04/04), e prevê que todos os migrantes irregulares oriundos da Turquia e que entrem nas ilhas gregas sejam devolvidos a este país.
O Cardeal italiano lamenta que os refugiados sejam tratados como “mercadoria”, pedindo uma abordagem mais “humana” nestas situações.
“É preciso ser muito claro e distinguir entre migrantes e refugiados: em relação a estes, há um acordo internacional assinado pelos países mais desenvolvidos, os quais se comprometem a dar-lhes a possibilidade de viver fora dos territórios dos quais tiveram de fugir”, afirmou o Cardeal Vegliò, em declaração.
O Presidente do Pontifício Conselho manifesta “perplexidades” sobre o acordo, questionando em particular os “ganhos económicos” para a Turquia e a falta de “garantias” para os refugiados.
A este respeito, acrescenta, surgem ainda preocupações em relação à possibilidade de reagrupamento familiar.
“Este acordo suscita muitas incertezas. Os refugiados não são mercadorias, são pessoas”, conclui o Cardeal italiano.