Misericórdia, perdão e reconciliação

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Dom Devair, clérigos, religiosos e leigos participaram da missa de encerramento do Ano Santo, no domingo dia 13, na Paróquia Nossa Senhora da Expectação
Publicado em: 17/11/2016 - 12:00
Créditos: Larissa Fernandes e Natali Félix/ Fotos Pascom Brasilândia
A forte chuva do domingo, 13, não impediu que os fiéis participassem da missa de encerramento do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, na Igreja Nossa Senhora da Expectação, na Freguesia do Ó.
 
Em clima de louvor e adoração, a celebração presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, marcou o fechamento do ano jubilar, durante o qual houve 27 peregrinações à Porta Santa desta igreja, feitas pelas comunidades, setores, movimentos e diversas paróquias da Região.
 
Para Dom Devair, foi um período intenso e cheio de gestos concretos de fé, reconciliação e perdão. Fisicamente, as portas da misericórdia continuam abertas, já que não existe um rito litúrgico de fechamento. 
“Estamos aqui para marcar a nossa confiança na misericórdia que experimentamos, porque o nosso Deus prevalece sobre todas as circunstâncias, todas as ações e todas as realidades da nossa vida”, afirmou na homilia.
 
O Bispo aproveitou para falar sobre muros construídos pela sociedade. Nesse sentido, ele abordou questões como conflitos familiares, desigualdade social e problemas econômicos e políticos, além de citar o egoísmo das pessoas. Segundo Dom Devair, ao proclamar este jubileu extraordinário, o Papa Francisco ajudou que todos olhassem com misericórdia sobre tais muros. “Quando as pessoas passam a não olhar somente aquilo que querem e quando nos esforçamos para construir a comunhão, isso exige renúncia.”
 
Padre Reinaldo Torres, coordenador regional de pastoral, afirmou que esse foi um tempo favorável para que o amor de Deus fosse experimentado. Segundo ele, o próprio logotipo do Ano Santo, no qual Jesus carrega uma pessoa no ombro e com ela funde o olhar, tem um grande significado. “É mais uma oportunidade de redescobrirmos as forças que possuímos, para que, mutuamente e fraternalmente, possamos apoiar a caminhada e, acima de tudo, entender que no amor de Deus encontramos a força e a graça para celebrarmos e vivermos”, explicou. 
 
Para Rosana Veiga, 37, que participou da celebração, o jubileu foi um tempo de transformação espiritual. Mesmo diante das dificuldades, ela diz que “o Ano Santo serviu para nos dar ensinamento de que com amor conseguimos vencer muita coisa”. 
 
Ao fim da missa e após a entrada da imagem de Nossa Senhora da Expectação, Padre Reinaldo reafirmou que não haveria nenhum ato físico de fechamento da porta, já que a celebração como um todo tinha esse significado. “Ao longo desta Eucaristia, preparamos o coração para vivermos e testemunharmos este momento, afinal, a Porta Santa nos acolheu ao longo deste Ano, como peregrinos em busca do Reino definitivo”, encerrou.
Encerramento do Ano Santo da Misericórdia na Região Brasilândia