A pastoral caritativa não admite a indiferença dos bispos, adverte o Papa

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O Papa recebeu na manhã desta quinta-feira (28/05) os Bispos da Conferência Episcopal da República Dominicana, em visita ad limina Apostolorum.
Publicado em: 28/05/2015 - 15:45
Créditos: Redação com Rádio Vaticano

Em seu discurso, o Pontífice aborda vários temas que dizem respeito à vida social e eclesial do país. Francisco convida os Bispos a dedicarem tempo aos sacerdotes, defendendo-os dos lobos que também atacam os pastores. “Que seu compromisso em favor dos mais fracos e necessitados lhes ajude a superar a mundana tendência à mediocridade”, escreve.

O Papa fala ainda do matrimônio e da família, que “atravessam uma série crise cultural”. Isso não quer dizer que perderam a importância, pelo contrário, mas que se sente ainda mais sua necessidade. “Neste próximo Jubileu da Misericórdia, não desfaleçam no trabalho da reconciliação matrimonial e familiar, como também no da convivência pacífica. Sigamos apresentando a beleza do matrimônio cristão, exorta.

Francisco pede ainda uma atenção especial aos imigrantes, sobretudo aqueles provenientes do vizinho Haiti, que buscam melhores condições de vida no território dominicano. “A pastoral caritativa não admite a indiferença dos pastores da Igreja”, adverte, acrescentando que é necessário seguir colaborando com as autoridades civis para alcançar soluções solidárias aos problemas de quem está sem documentos ou com seus direitos basilares não garantidos. “Não há desculpas para não promover iniciativas de fraternidade e paz entre ambas nações, que formam esta bela Ilha do Caribe.”

O Pontífice manifesta sua preocupação diante de problemas como o tráfico de drogas e de pessoas, a corrupção, a violência doméstica, o abuso e a exploração de menores ou a insegurança social.

Por fim, convida os dominicanos a renovarem seu compromisso para a preservação e o cuidado com o meio ambiente. “A relação do homem com a natureza não deve ser governada pela ganância, pela manipulação nem pela exploração desmedida, mas deve preservar a harmonia divina entre as criaturas e a criação, para colocá-las a serviço de todos e das futuras gerações.”