Entrevista de Dom Tarcísio ao Jornal O São Paulo

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<p>Conheça um pouco mais sobre o novo bispo coadjutor da Diocese de Santos (SP).</p>
Publicado em: 21/07/2014 - 09:30
Créditos: Arquidiocese de São Paulo

Dom Tarcísio Scaramussa recebeu a notícia de sua nova missão confiada pelo Papa Francisco com "um sentimento de serenidade e confiança". Bispo auxiliar e vigário geral da Arquidioce São Paulo, além de vigário episcopal na Região Sé, Dom Tarcísio foi nomeado, no dia 16 de julho, bispo coadjutor da Diocese de Santos (SP).

“Sempre entendi, numa visão de fé, que Deus vai nos chamando nos acontecimentos da história, através da Igreja. Isso me traz muita serenidade, porque entendo como uma vontade de Deus”, afirma.

Inspirado em seu lema episcopal, “E habitou entre nós”, Dom Tarcísio pretende encontrar essa presença de Deus na Diocese. “Quero descobrir como bate o coração de Cristo na realidade da Igreja de Santos”.

Sobre sua missão, Dom Tarcísio explica que o bispo coadjutor é como um bispo auxiliar, com a diferença de que este tem o direito de sucessão. “É alguém que colabora mais estritamente com o bispo diocesano”. Normalmente, o próprio bispo solicita ao papa um bispo coadjutor, como fez  o bispo de Santos, Dom Jacyr Francisco Braido, que em 2015 completa 75 anos, idade indicada pelo Código de Direito Canônico para que os prelados apresentem ao pontífice sua renúncia da função de bispo diocesano.

Diocese de Santos
Fundada em 4 de julho de 1924, a Diocese de Santo abrange nove municípios do litoral paulista: Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Bertioga, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

“Estou indo de coração aberto. Tenho certeza de que estou indo para o encontro de irmãos, uma nova família, e vou com a disposição de servir. Para isso, peço as orações de todos para ser um bom pastor segundo o coração de Cristo”, pede Dom Tarcísio.

Gratidão a São Paulo
Bispo auxiliar da Arquidiocese desde 2008, Dom Tarcísio enfatiza que que o período vivido em São Paulo foi um  experiência extraordinária de Igreja, aprendizagem de como ser bispo. “É uma realidade muito diversa, desafiadora, cheia de riquezas e desafios para a evangelização”.

“São Paulo é um lugar de convivência de múltiplas expressões sociais, culturais, religiosas e, inclusive, dentro da própria Igreja. Essa multiplicidade é um grande elemento enriquecedor”, completa.

O bispo relata que o início de seu ministério episcopal foi marcado pela convocação da Igreja para ver a presença de Deus na complexidade da cidade. “Quando eu cheguei a São Paulo, era o ano em que celebrava-se o centenário da Arquidiocese, cujo lema era ‘Deus habita esta cidade’. Reconhecer os sinais dessa presença de Deus foi um exercício de espiritualidade e de pastoral muito importante”.

Como bispo referencial do Setor Juventude e da Animação Bíblico-catequética da Arquidiocese, Dom Tarcísio afirma levar grandes experiências. “Procuramos fortalecer o Setor Juventude da Arquidiocese. Conseguimos articular e reunir as várias pastorais, movimentos, comunidades, congregações e grupos. Não é fácil congregar a todos, mas temos feito um bom caminho e dado passos importantes e investindo na animação da juventude”.

Sobre a Animação Bíblico-catequética, Dom Tarcísio afirma que também foi uma caminhada muito enriquecedora. “a Arquidiocese tem uma boa organização de catequese. Agora estamos trabalhando em um processo de renovação, principalmente em relação à iniciação à vida cristã, urgência pastoral deste ano”.

“Devo agradecer também pelo testemunho de fé que eu presenciei aqui, que me enriqueceu muito e realmente me fez reforçar na convicção que Deus habita esta cidade”, conclui.

A reportagem completa estará na próxima edição do jornal O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese.