Prática do Amor Fraterno - Cônego Celso Pedro

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03/07/2016 - 00:15

DÉCIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM
SOLENIDADE DOS SANTOS APÓSTOLOS PEDRO E PAULO
At 12, 1-11; Sl 33 (34); 2Tm
4, 6-8.17-18; Mt 16, 13-19

Naqueles dias, inúmeros cristãos foram levados ao martírio e entre eles Pedro e Paulo. Este consagrado pela espada, aquele pela cruz, aos dois a mesma glória, o mesmo algoz, e Roma por cenário.

Olhamos para Pedro e vemos que Jesus lhe dá a primazia. É difícil ler o Novo Testamento e não perceber como Pedro se destaca no meio dos Apóstolos. “Confirma teus irmãos”, “Apascenta as ovelhas e os cordeiros” são palavras de Jesus dirigidas somente a Pedro. Desde o início as Igrejas dispersas pelo mundo reconheceram que Roma foi a sede de Pedro e se referiam a seus sucessores como alguém que gozava da primazia dada a Pedro por Jesus. As separações vieram depois, algumas menores, outras maiores e por motivos muito diferenciados. Por volta do ano mil aconteceu a grande separação dos ortodoxos do Oriente. Mais tarde, no século 16, Lutero e seus seguidores quiseram reformar a Igreja, que precisava de reforma. Eles, porém, se separaram e acabaram formando uma nova Igreja. Seus seguidores ficaram conhecidos como “protestantes” porque protestavam contra a Igreja de Roma.

Olhamos para o Apóstolo Paulo e o vemos cheio de fé e de entusiasmo anunciando o Evangelho de Jesus, formando comunidades, superando dificuldades com a consciência de ter cumprido a missão que lhe foi dada pelo próprio Jesus. Podia partir em paz depois de ter combatido um bom combate, completado a corrida, guardado a fé. Seus amigos, Silas e Lucas, deixaram-nos o presente de um Diário de Viagem do Apóstolo Paulo, hoje inserido no Livro dos Atos dos Apóstolos. Ele mesmo nos deixou suas cartas.

Fica para nós o exemplo dos dois que entregaram sua vida por amor a Jesus. Ficam suas cartas, as de Paulo e as duas de Pedro, que devemos ler, meditar e praticar o que ensinam. E fica, sobretudo, o que Jesus disse, que seus verdadeiros discípulos são reconhecidos pela prática do amor fraterno. Isto vale para católicos, ortodoxos e protestantes.