Os discípulos de Jesus são bem-aventurados - Diácono Mario Braggio

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01/12/2015 - 00:15

Os setenta e dois discípulos que Jesus havia enviado à missão retornam felizes com os resultados do seu trabalho, com a eficácia da sua ação. Jesus, alegrando-se com eles, louva o Pai, pois sabe que foi o poder de Deus que se manifestou nas obras que eles realizaram.

Inspirado pelo Espírito Santo, Jesus sente e manifesta uma grande alegria em relação ao Pai e começa a dizer uma oração que caracteriza um dos momentos culminantes do evangelho: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos” (Lc10,21).

Em sua oração, Jesus deixa claro que ele – o Filho – é distinto do Pai e dependente dele, e que há sintonia e harmonia entre eles.

Os discípulos são bem-aventurados. Que se alegrem como Jesus, pois puderam ver os sinais do Reino de Deus que nem o próprio João Batista pôde ver (cf.7,28).

Os pobres são os principais destinatários da mensagem libertadora de Jesus. Desarmados de preconceitos, desapegados dos bens e despretensiosos quanto a quaisquer tipos de interesses, eles estão abertos para ouvir a sua Palavra e acolhê-la no coração, e, seguindo-o e dar continuidade ao seu projeto. Quanto aos sábios e inteligentes de plantão, que sabem de tudo e têm resposta para tudo, estes se encastelam e buscam garantir os seus próprios interesses ainda que, para perpetuar os seus privilégios, necessitem submeter-se àqueles aos quais precisam agradar.

Jesus nos envia hoje para a missão, para anunciar o evangelho, para atualizar no tempo as obras de misericórdia, particularmente aos que não o conhecem e aos que mais necessitam dele.

Estamos no início do Advento, ocasião privilegiada para nos examinarmos e verificarmos em qual nível se encontra o ponteiro do nosso orgulho, da nossa sabedoria, da nossa vaidade, da nossa soberba e da nossa arrogância. Há que se cuidar, pois ele (o ponteiro) tende a subir, a ficar “no vermelho”. Peçamos a Deus que nos liberte dessas amarras; abramos a nossa mente e limpemos o nosso coração; façamo-nos pequeninos, liberando espaços para acolher em nós o Reino e também participar da sua construção.