Indiferença - Raul de Amorim

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11/12/2015 - 00:15

Mt. 11,16-19

As pessoas normalmente, não gostam quando alguém as critica ou questiona principalmente quando essas pessoas exercem algum tipo de liderança. Isso também acontecia no tempo de Jesus e acontece hoje, tanto na sociedade, como nas Igrejas. Pode-se acusar João Batista de violento. Mas não de indiferente.

Pode-se dizer que João Batista era violento. Mas não indiferente. Pois bem, João Batista veio, criticou, e não foi aceito. Diziam: “Tem demônio”. Jesus veio, criticou e não foi aceito. Pensavam: “Ele ficou louco” (Mc.3,21) “Ele está possuído por Beelzebu  (Mc.3,22) Jesus se queixa da falta de coerência do seu povo. Eles inventavam sempre um pretexto para não aceitar a mensagem de Deus que Jesus lhes trazia. O povo ficava indiferente.

Ainda hoje existem muitas pessoas que se agarram ao que sempre foi ensinado e não aceitam outra maneira de explicar e viver a fé. Logo inventam motivos e pretextos para não aderir: “É contra a Lei de Deus”- “É desobediência a tradição e ao magistério”

Jesus reage e mostra a incoerência deles. Eles se consideram entendidos, mas não passam de crianças, que querem divertir o povo na praça e que reclamam quando o povo não brinca conforme a música deles. Ainda hoje é assim. Mesmo em meio a problemas graves, esta geração é representada por muita gente que vive em shopping centers olhando o que não podem comprar e buscando esquecer-se da realidade dura da vida.

A queixa não é a de que o povo só quer brincar. O que Jesus lamenta é a indiferença e a falta de reação ao convite do Senhor.  A proposta dele  é a busca do Reino como algo a ser vivido no cotidiano da vida, sob a inspiração da justiça de Deus.

Termino a minha reflexão com uma preocupação: Será que podemos comparar a mensagem de nossas Igrejas somente a um som de flauta e a um convite para dançar?