Bodas de Caná - Cônego Celso Pedro

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17/01/2016 - 00:15

SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM
Is 62,1-5; Sl 96 (95); 1Cor 12,4-11; Jo 2,1-11

No evangelho de João, Jesus começa a aparecer e a agir numa festa de casamento, nas bodas de Caná. A pedido de sua mãe ele inicia os seus sinais. O primeiro será a mudança da água em vinho. Maria, muito atenciosa e muito presente, se sensibiliza com o constrangimento dos noivos por causa da bebida que tinha acabado. O faraó tinha dito ao povo que procurava pão: Vão até José e façam o que ele mandar, Maria disse aos serventes que precisavam de vinho: Vão até Jesus e façam o que ele disser. Maria intercede, Jesus faz. Jesus entra nas bodas de Caná como José do Egito, que salvou seus irmãos. Mais do que um milagre, Jesus fez um sinal indicando quem ele é e o que espera de seus discípulos. Ele manifestou a sua glória e seus discípulos creram nele. Todos os gestos e todas as palavras de Jesus revelam a vontade do Pai em relação a nós, quem é Jesus e o que ele espera de seus discípulos. Por isso, não podemos deixar de prestar atenção nos gestos e nas palavras de Jesus: Onde ele anda, o que ele faz, o que diz, com quem anda, com quem conversa. Quem olha para Jesus e pergunta onde ele está, vê que ele está numa festa na qual o amor une duas pessoas que vão gerar vida. É aí que os discípulos devem estar. Não é o estar na festa o que importa. É estar junto das pessoas que querem viver o amor, para que o amor não se perca porque é dolorosa a experiência do amor. O primeiro sinal de Jesus, segundo São João, é feito entre pessoas que celebram um acontecimento humano marcante. O casamento como sinal mostra que a terra já não está abandonada. Ela está bem casada. Não terá o nome de abandonada nem será um lugar deserto. Será chamada de Meu Bem, de Senhora, porque o Senhor se apaixonou por ela. Do alegre casamento em Caná, regado a bom vinho, saiam discípulos missionários alegres e positivos, capazes de construir espaços de liberdade para todos.