O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu a missa da solenidade de São Pedro e São Paulo, na manhã deste domingo, 2, na Catedral da Sé.

Esta solenidade litúrgica, que é oficialmente celebrada no dia 29 de junho, no Brasil, é transferida para o domingo, para permitir maior participação dos fiéis. “A Igreja se firmou a partir da pregação de São Pedro e São Paulo seus escritos e testemunhos continuam a marcar a vida Igreja”, afirmou o Arcebispo, na homilia.

Recordando que, nesta data, também se comemora o Dia do Papa, Dom Odilo renovou o convite à oração pelo sucessor de São Pedro. “Em todas as missas rezamos pelo Papa, mas, hoje, de maneira especial, somos chamados a rezar especialmente por ele seguindo o que a Igreja fez no início”, destacou o Cardeal, referindo-se à antiga tradição dos fiéis cristãos rezarem pelo romano Pontífice.  

Nessa ocasião, também acontece em todas as igrejas do mundo, a coleta do óbolo de São Pedro, ajuda econômica que os fiéis oferecem diretamente ao Pontífice, que as destina para as múltiplas necessidades da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais pobres.

CONFIRMAR NA FÉ  

A oração por Pedro é ressaltada na primeira leitura do dia (At 12,1-11), que narra a ocasião em que o apóstolo estava preso e a comunidade rezava continuamente por ele, para que fosse liberto. “A Igreja reza continuamente pelo sucessor de Pedro para que Deus o sustente na sua missão, para que lhe dê força, discernimento, a graça do Espírito Santo, para conduzir a Igreja nos caminhos do Evangelho”, acrescentou Dom Odilo.

O Cardeal Scherer enfatizou que Jesus confiou a Pedro o “poder das chaves’, isto é, a autoridade para conduzir a Igreja em seu nome. O Senhor, portanto, edificou sua Igreja sobre a profissão de fé de Pedro, de que Jesus é o Messias, filho de Deus salvador. “Nós cremos no Filho de Deus vivo. Se Jesus não fosse o que é, a Igreja não seria aquilo que ela é”, sublinhou o Arcebispo.

Na segunda leitura da missa (2Tm 4,6-8.17-18), São Paulo escreve a seu fiel discípulo, Timóteo, a partir da prisão, esperando a morte: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”.

Ao refletir sobre esse trecho, Dom Odilo explicou que o combate ao qual o apóstolo se refere é a causa boa e justa de Cristo, do Evangelho, da honestidade, da justiça e da retidão. Já a coroa da justiça é o Reino que Jesus prometeu a todos aqueles que o amam. “Não combatemos em vão e não pretendamos que este prêmio seja pleno nesta vida”, afirmou o Arcebispo.  

SUCESSOR

Referindo-se ao Papa, o Cardeal Scherer salientou que se vê na pessoa do Bispo de Roma a missão de Pedro, de confirma os irmãos na fé em Cristo e de Paulo, grande missionário da Igreja.

“Em nome de toda a Igreja, o Papa confirma a todos nós no caminho da fé. Por isso é importante ouvi-lo, que nos recorda qual é o caminho verdadeiro da Igreja”, frisou Dom Odilo, que não se compreende um católico que não ouve o Santo Padre.

“Os católicos estão com o Papa. A Igreja católica está com o Papa. Tenhamos bem claro isso. Se professamos a fé católica, devemos respeito, obediência e comunhão com o Papa”, enfatizou o Cardeal Scherer.

Por fim, Dom Odilo novamente convidou todos os fiéis a rezarem pelo Papa Francisco, renovando a adesão de fé e de comunhão ao sucessor de Pedro no exercício de seu ministério. “Que Deus o acompanhe e fortaleça também em suas dificuldades e sofrimentos, recupere bem a sua saúde e que ele possa continuar a conduzir a Igreja nos caminhos que a renovem segundo o Evangelho de Cristo”, concluiu.  

ENVIO MISSIONÁRIO

Após a missa, Dom Odilo conferiu a benção de envio dos seminaristas que farão uma experiência missionária nas pastorais do Menor e Carcerária, dentro da programação da Missão de Férias, entre os dias 1º e 10, que também acontece em paróquias e comunidades nas seis regiões episcopais da Arquidiocese. Na ocasião, também foram enviados os quatro diáconos seminaristas que farão uma experiência missionária de dois meses nas dioceses de Marabá (PA) e Bom Jesus do Gurgueia (PI).