Ao concluir jubileu, Santuário São Judas Tadeu renova missão de ser casa de devoção e misericórdia na cidade

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No sábado, 18, foi concluído o jubileu pelos 25 anos desde que a igreja matriz da Paróquia São Judas Tadeu, no bairro do Jabaquara, foi elevada à dignidade de santuário arquidiocesano.
Publicado em: 24/11/2023 - 16:00
Créditos: Redação

No sábado, 18, foi concluído o jubileu pelos 25 anos desde que a igreja matriz da Paróquia São Judas Tadeu, no bairro do Jabaquara, foi elevada à dignidade de santuário arquidiocesano. A celebração foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, concelebrada por Dom Ângelo Ademir Mezzari, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, pelo Padre Daniel Aparecido de Campos, Reitor do Santuário, e demais sacerdotes.

Aberto em 18 de novembro de 2022, o Jubileu do Santuário foi marcado por uma extensa programação de celebrações e peregrinações, e ocasiões para a concessão de indulgência plenária, conforme estabelecido pela Santa Sé, por meio da Penitenciaria Apostólica, “aos fiéis verdadeiramente arrependidos de seus pecados e motivados pela caridade”, nas condições habituais: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Papa.

A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcançada por meio da Igreja. A indulgência pode ser aplicada à própria pessoa ou aos fiéis falecidos.

Atenta ao pedido do Arcebispo, a Penitenciaria apostólica também concedeu a Bênção Papal com Indulgência Plenária, nas missas do dia 28 de outubro, Festa de São Judas Tadeu.

Durante a celebração, o Cardeal Scherer recordou que o jubileu foi aberto e encerrado na data em que se comemora o aniversário da dedicação do Santuário, que lembra que cada fiel cristão é templo de Deus. “Esta é a casa de Deus, edificada com as pedras vivas, para mantermos firmes a fé, a esperança e a caridade e, assim, testemunharmos a presença de Deus na cidade”, acrescentou.

PORTA SANTA

Após a comunhão, o Arcebispo, concelebrantes e fiéis seguiram em procissão até a entrada da “igreja antiga” do Santuário, onde foi instalada a Porta Santa, aberta no início do jubileu.

A tradição das portas santas remonta ao século XV e representa o próprio Cristo, único acesso ao Pai e por meio do qual os fiéis alcançam o perdão e a misericórdia. “Ao adentrar os umbrais do santuário, movidos pela fé eclesial, os peregrinos sabem que estão a caminho do santuário definitivo, ‘não feito por mão humana’ (cf. Hb 8,2), meta final do caminhar da vida. E, desde agora, já se sentem acolhidos por Aquele que é a verdadeira Porta, que os introduz na presença do Altíssimo, na companhia dos anjos e dos santos”, dizia o decreto do Cardeal Odilo Scherer sobre a Porta Santa do Santuário São Judas Tadeu.

“A abertura da porta santa foi um momento simbólico e poderoso da graça de Deus, convidando-nos a atravessar o limiar da misericórdia divina. Que as bênçãos recebidas durante este ano continuem a fluir em nossas vidas”, afirmou o Reitor.

HISTÓRIA

A história deste Santuário remonta ao ano de 1940, quando foi criada a Paróquia São Judas Tadeu pelo então Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar d’Afonseca e Silva. A comunidade, que inicialmente tinha como sede uma pequena capela improvisada em uma casa do bairro, foi confiada aos padres da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), que iniciaram a propagação da devoção ao apóstolo padroeiro.

Em 1941, viu-se a necessidade de construir uma igreja, ainda provisória. No ano seguinte, iniciou-se a construção da primeira matriz, inaugurada em 1944, conhecida como “igreja antiga”.

Com o passar dos anos, o movimento de fiéis na Paróquia atingiu grandes proporções, surgindo a necessidade de uma igreja ainda maior. Assim, em 1963, iniciou-se a construção da “igreja nova”, ao lado da primeira matriz, ainda hoje em funcionamento.

A nova matriz logo se tornou um centro de referência para a devoção a São Judas. Por essa razão, em 18 de novembro de 1997, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo, promulgou o decreto que elevou a matriz paroquial de São Judas Tadeu à dignidade de santuário arquidiocesano, após pedido apre- sentado pelo Padre Cláudio Weber, na época Provincial dos Dehonianos.

ATIVIDADES

Ao longo do ano jubilar, foram muitas a atividades pastorais realizadas no Santuário. Para que pudessem obter a indulgência, os peregrinos contavam com as sete missas diárias de segunda a sexta-feira, cinco aos sábados e nove aos domingos. O atendimento de Confissões acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e, aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h. Esses horários continuam após o encerramento do jubileu.

O Santuário acolheu a peregrinação do clero que exerce o ministério na Região Ipiranga, por ocasião da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero, em junho; e a confraternização do clero arquidiocesano na comemoração do Dia do Padre, em agosto.

Também a visita pastoral de Dom Odilo, realizada em julho, foi considerada um momento forte do ano jubilar. “Suas palavras e sua presença enriqueceram nossa comunidade, fortalecendo-nos na fé e na missão”, afirmou o Reitor. No último dia 11, Dom Ângelo celebrou a dedicação do novo altar da Igreja antiga, onde também foram instalados altares laterais com destaque para os santos que viveram na cidade de São Paulo. Como gesto concreto de caridade, o Santuário realizou uma campanha para arrecadação de 25 toneladas de alimentos. “Cada doação foi uma forma de evidenciar a amor cristão em ação”, enfatizou o Reitor.

OÁSIS DA PRESENÇA DE DEUS

“Juntos, caminhamos em direção a uma fé mais profunda. Acolhemos muitas pessoas que vieram ao nosso Santuário neste período de jubileu, para a concessão da indulgência plenária, para que a gratidão ou o amparo da devoção ao apóstolo e mártir São Judas Tadeu pudesse acalentar e direcionar o sentido da nossa existência para Deus”, manifestou o Padre Daniel, salientando o bem espiritual que o Santuário São Judas Tadeu proporciona a muitas pessoas, sendo uma casa de devoção, da Eucaristia e da misericórdia, “oásis da presença de Deus” na metrópole, como afirmou o Arcebispo, na abertura do jubileu.

“Que o encerramento deste jubileu seja apenas o começo de uma nova etapa… Que as bênçãos de Deus continuem a guiar e a iluminar nossos corações nos anos que virão”, concluiu o Reitor.