Mt 5,13-16

“Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (cf. Mt 5,13-16).

O discípulo, em geral, aprende com o mestre e o segue, até que se “liberta” dele fazendo algo que o distingue daquele que o influenciou e se transforma, quiçá, num novo mestre. Este não é o caso do discípulo de Jesus. Ele não quer se diferenciar do Mestre e fazer carreira solo. Ao contrário: o discípulo de Jesus busca estar com ele e assume sofrer como ele em tempo integral. Dedica-se ao anúncio do evangelho e, consequentemente, à realização das obras de misericórdia mencionadas em Mateus 25,31ss e a tantas outras decorrentes da mudança de época em que vivemos.

O discípulo de Jesus está a serviço do projeto do Reino, que nada tem a ver com  um produto, uma técnica, um estilo ou uma tendência. Abraçar a causa pela qual Jesus deu a sua vida supõe conversão, mudança, identificação com o Mestre. 

Jesus nos exorta a ser sal e luz ali onde estamos: em casa, no trabalho, na escola, na rua, na Comunidade, na sociedade... Como sê-lo? Vivendo como Jesus nos ensinou: servindo, anunciando e celebrando.  Tanto nas relações primárias do cotidiano quanto nas grandes obras em que a Igreja se faz presente, há que se manter o sabor do sal e jamais esconder a luz, que não é nossa, mas de Cristo, e reflete em nós.

Padre Zezinho nos dá várias dicas de como viver o seguimento de Jesus com simplicidade: “amar como Jesus amou; sonhar como Jesus sonhou; pensar como Jesus pensou; viver como Jesus viveu; sentir o que Jesus sentia; sorrir como Jesus sorria...” e assim por diante. Jeitos simples de ser sal e luz...

A assim conhecida “Oração de São Francisco” não deixa por menos quando nos propõe levar o amor, o perdão, a união, a fé, a verdade, a esperança, a alegria, a luz, o consolo, a compreensão sempre e em todo lugar que se fizer necessário.