Os monges do Mosteiro de São Bento, no centro de São Pulo celebraram solenemente seu patrono na sexta-feira, 11. Presentes na capital paulista desde 1598, os beneditinos acompanharam e contribuíram com o desenvolvimento da cidade.
A festa do padroeiro foi marcada por várias celebrações, especialmente a missa solene das 10h, presidida pelo abade, dom Mathias Tolentino Braga, e concelebrada por vários padres da comunidade monástica e amigos.
A igreja do mosteiro , dedicada à Nossa Senhora da Assunção, cuja construção foi iniciada há mais de 100 anos, passa por um restauro.
O Santo
São Bento nasceu por volta do ano 480, na região de Núrcia, na Itália, e é considerado o pai da vida monástica no ocidente, com a difusão de mosteiros por toda a Europa, onde ao redor dos quais nasceram e se desenvolveram muitas cidades. “Os monges foram grandes responsáveis pela evangelização e pela propagação da cultura na Europa e do mundo e, junto com os monges, ia o culto a São Bento”, explicou dom Lourenço Palata Viola, um dos sacerdotes do Mosteiro em São Paulo.
Devoção
São Bento é bastante cultuado na luta contra o mal. Segundo relatos de São Gregório Magno, papa de origem beneditina e considerado biógrafo do Santo, os muitos prodígios do abade se davam através do sinal da cruz. “Daí a origem da famosa medalha de São Bento, que nada mais é do que uma representação da Santa Cruz com uma oração pedindo a proteção da cruz”, esclarece dom Lourenço.
Orar e trabalhar
De acordo com dom Lourenço, São Bento tem um ensinamento muito atual para a cidade de São Paulo. “O lema da nossa ordem é Ora ET labora (ora e trabalha). Em uma cidade como a nossa, onde poderíamos dizer que a grande meta é o trabalho, São Bento vem nos mostrar a importância da oração, a presença de Deus na cidade e na vida de cada um de nós”.
São Bento também é considerado o santo da Palavra de Deus. “Toda a vida monástica é voltada para a contemplação da Palavra de Deus, que nada mais é que uma espiritualidade “cristocêntrica, na qual nós, ao contemplarmos o verbo que se encarna, somos chamados a vivenciar e a nos tornarmos outros cristos no mundo”, ressalta o monge.
No meio do mundo
A espiritualidade beneditina não se limita aos monges, mas também é vivida por leigos que se associam ao carisma de São Bento. São os oblatos. “Eles não chegam a professar os votos, como os membros das ordens terceiras de outros carismas, mas ofertam sua vida a Deus em uma espiritualidade mais profunda a partir da regra de São Bento”, esclarece dom Lourenço. Atualmente, há 70 oblatos associados ao Mosteiro de São Bento na Capital.
Festa ‘junina’ em Perdizes
A Paróquia São Geraldo, no bairro de Perdizes, inicia no sábado, 19, sua festa junina fora de época. Devido à realização da Copa do Mundo, a comunidade optou por adiar a sua tradicional quermesse para depois da festa do futebol.
Estendendo-se até agosto, a festa acontece nos finais de semana dos dias 19 e 20, 26 e 27 de julho, 2 e 3, 9 e 10 de agosto, sempre das 16h às 22h. Mais informações pelo telefone (11) 3667-0660.
Adeus à Irmã Beatriz
A Região Sé se despediu da irmã Beatriz Godinho de Araújo, religiosa da Congregação Dominicana da Beata Imelda, no dia 21 de junho, depois de lutar contra um câncer.
Nascida em 1942, em Goiás, irmã Beatriz viveu 50 anos consagrada ao Senhor e exerceu diversas funções na congregação inclusive a de Tesoureira da Creche Dos Gastão, no bairro do Bom Retiro, por diversos períodos.