A vida consagrada testemunhada em diversas dimensões

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<p>Representantes de congregações religiosas que atuam na Região Episcopal&nbsp;Sé participaram da abertura do Ano da Vida Consagrada</p>
Publicado em: 03/12/2014 - 17:30
Créditos: Edição nº 3030 a do Jornal O SÃO PAULO – página 21

Representantes das congregações religiosas que atuam na Região Sé participaram da abertura do Ano da Vida Consagrada, realizado na Basílica Nossa Senhora do Carmo, na Bela Vista, no sábado, 29 de novembro. O evento aconteceu em sintonia com as demais regiões episcopais da Arquidiocese.

A atividade, organizada em parceria com o Núcleo Sé da Conferencia dos Religiosos do Brasil (CRB), contou com um momento de oração e testemunhos de religiosos sobre a vida consagrada a partir da proposta do Papa Francisco para este ano temático.

A primeira a partilhar a própria experiência foi a Ir. Miria Kolling, da Congregação do Imaculado Coração de Maria. Compositora há 45 anos, ela destacou alguns aspectos importantes da vida consagrada. “O primeiro motivo da nossa vida consagrada é o chamado para estarmos com ele, que é a razão do nosso cantar. Cantamos e vivemos a alegria de sermos chamados por Deus”.

O segundo grande núcleo da vida religiosa é a vida comunitária. “A vida comunitária é a nossa força e também a nossa fraqueza. Eu saio bastante pelo Brasil, mas sempre gosto de voltar para casa, para encontrar minhas irmãs, partilhar, se alegrar, realmente se abastecer”, disse Ir. Miria.

De acordo com a Religiosa, o terceiro aspecto da vida consagrada, inspirada pela exortação do Papa Francisco, é sair de si e ir ao encontro dos irmãos. ”Quem se sente amado por Deus tem que sair pelo mundo afora para anunciar: ‘eu vi o Senhor, eu experimentei o Senhor”.

Fr. Rothmans Darles de Campos, da Ordem do Carmo, contou que desde o início da sua caminhada eclesial, na infância, o testemunho de religiosos sempre marcaram sua vida. “A primeira religiosa que marcou a minha caminhada foi a Ir. Maria Augusta, religiosa da Providência de Gap. Nunca vou esquecê-la […]. Ela tinha um grupo de mais ou menos 60 coroinhas na cidade de Pouso Alegre (MG). Daquele grupo, saíram médicos, professores, religiosas, padres”, lembrou o Frade, citando os outros religiosos que passaram pela sua vida. Também o Pe. Eloir Inácio de Oliveira, Salesiano, relatou sua experiência missionária junto aos povos indígenas.

Vocês são as mãos, a voz e os pés de Cristo’

Participante da atividade, o vigário episcopal para a Região Sé, Pe. Aparecido Silva, agradeceu a presença e colaboração dos religiosos na Igreja da São Paulo. “Cada congregação, com seu carisma específico, faz às vezes de Jesus. Vocês são as mãos, a voz e os pés de Cristo,  que anunciam a esperança e o amor. Por isso, nossa gratidão por essa presença importante na vida da Igreja”.

“É muito importante que haja um ano dedicado à vida consagrada e a CRB está empenhada para que vivamos intensamente esse momento”, acrescentou a Ir. Maria Isabel Botelho, coordenadora do Núcleo Sé da entidade.

Fernando Geronazzo