“A ecologia integral, como base para a justiça e o desenvolvimento mundial, nos pede uma nova solidariedade global. Nela, todos e cada um de nós temos um papel a desempenhar, no qual até as menores ações fazem diferença”, defendeu o cardeal, braço direito do Papa na elaboração da Encíclica.
Ao recordar que, de um ponto de vista conceitual, a Encíclica, ao utilizar o termo “ecologia” a partir de “um enfoque de respeito de todos os complexos sistemas”, adquire a característica de “ecologia integral”, cujo centro é o chamado ao diálogo e à nova solidariedade.
“Se tudo está relacionado, também a saúde das instituições de uma sociedade tem consequências no ambiente e na qualidade de vida humana”, citou o cardeal, inspirando-se na parte da Encíclica em que o Papa fala sobre as vítimas da crise socioambiental e seu grito por justiça e solidariedade.
O Papa assinala que são os pobres quem padecem as consequências mais graves do degrado ambiental, disse o cardeal, recordando, todavia, que “nem tudo está perdido, porque os seres humanos, capazes de tocar o fundo da degradação, podem também superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se”, concluiu.