O que você precisa saber sobre o levantamento do sínodo arquidiocesano

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Voluntários selecionados pelas regiões episcopais farão levantamento da realidade social, religiosa e pastoral das paróquias da Arquidiocese
Publicado em: 02/08/2018 - 14:15
Créditos: Redação

COMO FOI DESENVOLVIDA A PESQUISA? 

Após a elaboração das questões pela Comissão de Coordenação Geral do sínodo arquidiocesano, foi desenvolvido um estudo prévio por meio da Cedepe da PUC-SP, a partir do cruzamento dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, com o mapa dos limites paroquiais da Arquidiocese. A partir desses dados, chegou-se a uma amostragem, isto é, um recorte sociodemográfico, que permite entender o comportamento de uma população toda por meio de uma parcela desta.

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QUEM SERÃO OS ENTREVISTADOS?

Moradores dos domicílios localizados nos perímetros das paróquias da Arquidiocese de São Paulo. O território da Arquidiocese abrange uma parte do município de São Paulo. Serão pesquisadas 292 paróquias territoriais (as paróquias pessoais não serão contempladas, uma vez que seus habitantes residem nas territoriais). Foi desenvolvido um critério metodológico para a seleção das casas a partir de diferentes perfis de entrevistados a serem contemplados por paróquia, de modo que não poderão ser abordados vários domicílios na mesma vizinhança. Em cada domicílio, poderá ser entrevistada somente uma pessoa, sempre maior de 18 anos. Só será informado o primeiro nome do entrevistado, e seu endereço não será vinculado ao resultado da pesquisa, garantindo o sigilo do entrevistado. 

 

QUEM SÃO OS ENTREVISTADORES?

São voluntários selecionados pelas regiões episcopais e indicados pelas paróquias. Eles não são representantes dessas paróquias, mas pessoas que disponibilizaram a colaborar com o levantamento e seguem os critérios estabelecidos pelos organizadores. Esses pesquisadores receberão o devido treinamento técnico para garantir a cientificidade da pesquisa. 

 

COMO IDENTIFICAR OS ENTREVISTADORES?

Cada entrevistador estará identificado com um colete branco com as informações sobre a pesquisa, o brasão da Arquidiocese e o logotipo do sínodo arquidiocesano, além de um boné branco igualmente identificado; também estarão munidos de um crachá com fotos, dados pessoais e o contato da Arquidiocese de São Paulo; no portal da Arquidiocese (arquisp.rg.br/sinodo) haverá um campo para a verificação do nome do pesquisador cadastrado. 

 

QUAIS PERGUNTAS SERÃO FEITAS?

O questionário conta com perguntas básicas sobre a realidade social da pessoa e, sendo católica, aprofundará informações sobre sua situação religiosa, vivência sacramental, percepção e relação com a comunidade paroquial onde reside e da atuação da Igreja na sociedade.

 

COMO OS DADOS SERÃO COLETADOS? 

Foi desenvolvido um aplicativo para dispositivos móveis (smartphones e tablets) para a coleta dos dados da pesquisa. O questionário intuitivo é de fácil manuseio, agilizando, assim, a inserção das respostas, bem como a segurança das informações a serem enviadas para um banco de dados central via internet. Isso facilitará o cruzamento dos dados para a analise posterior dos resultados da pesquisa. Uma vez finalizada a pesquisa no domicílio, os resultados não poderão ser alterados. 

 

QUANTAS PESSOAS SERÃO ENTREVISTADAS?

Estima-se se sejam feitas aproximadamente 20 mil entrevistas ao todo. No entanto, há uma meta definida pelo cálculo de amostragem para o número de católicos de cada paróquia. Quando esse número for atingido, o aplicativo encerra automaticamente a coleta de dados da respectiva paróquia. 

 

E OS NÃO CATÓLICOS?

Nem todas as residências do perímetro da paróquia são habitadas por católicos, mas interessa à Arquidiocese conhecê-los. Nesse caso, o aplicativo direciona o entrevistador para algumas perguntas específicas a esse público. 

 

O LEVANTAMENTO SERÁ COMO UMA VISITA MISSIONÁRIA?

Não. Embora o trabalho dos entrevistadores tenha um sentido missionário enquanto dedicação ao serviço da Igreja, esse levantamento será ocasião de escuta dos moradores da cidade e, portanto, não terá um caráter evangelizador de uma visita missionária. Para isso, os entrevistadores estão sendo treinados para terem uma atitude isenta nas abordagens, sem emitirem opiniões ou reações diante das respostas dos entrevistados.

 

O ENTREVISTADOR PRECISARÁ ENTRAR EM CADA CASA?

Isso ficará ao critério do responsável pelo domicílio. Como se trata com uma pesquisa com um número significativo de questões detalhadas e coletadas em um dispositivo móvel e dependendo da situação de segurança do bairro, pode ser que não seja recomendável tanto para o pesquisador quanto para o morador a abordagem na porta de casa. No entanto, o pesquisador irá respeitar a decisão do entrevistado.

 

COMO SERÃO FEITAS AS ENTREVISTAS NOS CONDOMÍNIOS?

Esse é um dos desafios de uma pesquisa em uma cidade como São Paulo, por razões de segurança. Para isso, conta-se muito com a colaboração dos paroquianos que residem nos prédios para tornar conhecida a proposta da pesquisa entre os vizinhos e informar, especialmente, o síndico do edifício. Aos moldes do que é feito em outras pesquisas de campo, como as do IBGE, pode-se reunir os moradores que se dispõem a responder a pesquisa em uma área comum do prédio. Isso poderá demandar um contato prévio do pesquisador com o responsável pelo condomínio para solicitar o acesso aos moradores. 

 

COMO O TRABALHO DOS PESQUISADORES SERÁ ACOMPANHADO?

Cada região episcopal conta com um padre supervisor, que acompanhará o andamento do trabalho dos entrevistadores, por meio de relatórios periódicos, e oferecerá ajuda em casos de dificuldades. Esses supervisores terão acesso ao sistema da coleta de dados para verificar se a coleta está sendo feita corretamente. 

 

O QUE SERÁ FEITO COM O RESULTADO DA PESQUISA?

Os dados coletados e armazenados ao banco de dados permitirão variadas formas de cruzamento de informações, permitindo análises comparativas, gráficos e relatórios filtrados em âmbito paroquial, regional e arquidiocesano para serem usados como uma das fontes de análise da realidade nas assembleias do sínodo a serem realizadas em cada paróquia nos meses de outubro e novembro.