Missa recorda 40 anos da morte do Cardeal Mindszenty

A A
O Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin presidiu na noite de quinta-feira (07/05), na Igreja romana de Santo Estêvão Redondo, no Célio, uma Missa pelos 40 anos da morte do Cardeal
Publicado em: 08/05/2015 - 11:00
Créditos: Redação com Rádio Vaticano

Card. Mindszenty, consciência viva de seu povo

“Consciência viva de seu povo” nos anos obscuros do regime comunista na Hungria. Assim o Cardeal Parolin recordou do Servo de Deus József Mindszenty, preso já em 1944 sob o breve governo pró-nazista do país. József Mindszenty foi por quase 30 anos Arcebispo de Esztergom e Primaz da Hungria. Desde o início dizia: “Quero ser um bom Pastor que, se necessário for, dá a vida pelas ovelhas (Esztergon, 7 de outubro de 1945). De fato – observou o Cardeal Parolin – Mindszenty “pode exercer livremente o seu cargo por um período muito breve, por somente três anos. Como Primaz, se sentia investido por uma grande responsabilidade por todo o povo húngaro”:

“Viu o grande perigo do comunismo e procurou fortalecer o seu povo pelo exemplo. O Cardeal, vendo o desespero dos habitantes do país e a crescente pressão por parte do regime, anunciou um programa pastoral para a nova evangelização da Hungria. Encorajou além disto, a oração incessante, baseada nos valores do amor a Deus e pelo próximo, promovendo a devoção mariana, com a convocação de um ano mariano, favorecendo a devoção a Santo Estêvão e aos santos húngaros. Com suas cartas pastorais e homilias pregou contra toda injustiça, pedindo uma vida pública e familiar segundo os princípios morais cristãos”.

Símbolo da Igreja perseguida

“Talvez – afirmou o Cardeal Parolin – no início de seu ministério não tinha ainda a máxima clareza sobre como seriam, num breve tempo, cumpridas as palavras por ele pronunciadas durante a sua posse”. József Mindszenty devia seguir “o Bom Pastor na vida do sofrimento e se tornar literalmente a consciência viva de seu Povo, não somente com as palavras, mas mais ainda com seu silêncio, imposto pelo regime”:

“No dia de Natal de 1948 foi preso e dois meses após, não obstante os protestos do Papa Pio XII, é condenado à prisão sob a acusação de conspiração contra o governo comunista. Durante os anos silenciosos, passados no cárcere, e após, nos anos no exílio, tornou-se um símbolo da Igreja perseguida, da Igreja sofredora, da Igreja dos tantos mártires e confessores da fé, que sofriam sob a ditadura nos países comunistas, em particular na Hungria”.

Da indiferença à compaixão

“A Cortina de Ferro, junto com o Muro de Berlim, que dividiu a Europa em duas partes por decênios – disse o Secretário de Estado – caíram, mas também hoje existem perigos, lá onde está presente o sofrimento e a injustiça”.

E citando as palavras do Papa Francisco, concluiu: “A nossa oração se faz ainda mais intensa e se torna um grito de ajuda ao Pai rico de misericórdia, para que sustente a fé de tantos irmãos e irmãs que vivem na dor, enquanto pedimos para converter os nossos corações para passar da indiferença à compaixão” (homilia 11 de abril de 2015).


Fatal error: Allowed memory size of 536870912 bytes exhausted (tried to allocate 77 bytes) in /usr/local/drupal-arqhomol-7.34/includes/cache.inc on line 438