No Dia Nacional do Migrante, a luta é por romper as barreiras do egoísmo

A A
No domingo (19) comemorou-se o Dia Nacional do Migrante. Na Catedral da Sé houve missa presidida por Dom Adilson Pedro Busin, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre.
Publicado em: 22/06/2016 - 15:15
Créditos: Redação com Jornal O SÃO PAULO

Por Renata Moraes

 

Migração e Ecologia. O Grito que vem da Terra” foi o tema da 31ª Semana do Migrante, encerrada no domingo, 19, Dia Nacional do Migrante, com missa na Catedral da Sé, presidida por Dom Adilson Pedro Busin, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre (RS) e vigário regional da Congregação dos Missionários de São Carlos (scalabrinianos) para a região Sul-americana.


“Lembramos as milhões de pessoas e famílias que são obrigadas a saírem de sua pátria, por causa das guerras e conflitos armados, da violência religiosa e do terrorismo. Em busca de paz e segurança para reconstruir suas vidas, e mesmo assim no caminho de saída, encontram mais sofrimento e até a morte”, recordaram, no comentário inicial da missa, a jovem Dora Martins e o seminarista scalabriniano Lucas Henrique Santos, integrantes do Serviço Pastoral do Migrante (SPM).

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 60 milhões de pessoas estão fora de seus países de origem por causa de conflitos, guerras e perseguições. Desse total, mais de 20 milhões cruzaram uma fronteira internacional em busca de proteção, isto é, são refugiados.

Dom Adilson, na homilia, agradeceu o trabalho feito pelos religiosos scalabrinianos, leigos e voluntários da Missão Paz e demais entidades que acolhem os migrantes em São Paulo, e ao falar sobre os migrantes e refugiados que atravessam os mares fugindo das guerras e conflitos, enfatizou: “É preciso romper com as fronteiras das pessoas, com as barreiras do egoísmo e das economias fechadas”, disse, fazendo um convite à plena acolhida aos imigrantes.

Padre Antenor João Dalla Vechia, pároco da Igreja Nossa Senhora da Paz e diretor da Casa do Migrante da Missão Paz, agradeceu o trabalho da Pastoral do Migrante da Arquidiocese e pediu que todas as pessoas fiquem atentas à realidade de acolhida, atenção e proximidade com aqueles que chegam.

O Sacerdote comentou, ainda, sobre o acompanhamento que a Missão Paz, o SPM e demais entidades que trabalham no acolhimento dessa população migrante faz do Projeto de Lei 143/2016, que instituirá na cidade de São Paulo a Política Municipal para a População Imigrante.

O PL, entregue à Câmara Municipal por Fernando Haddad, em 31 de março, foi aprovado pelos vereadores na terça-feira, 21, e seguirá para a sanção do Prefeito. O propósito da lei é garantir ao imigrante o acesso a direitos sociais e serviços públicos, impedir violação de direitos, promover o respeito à diversidade e à interculturalidade.

 

Reportagem publicada no Jornal O SÃO PAULO - edição 3107 - 22 a 28 de junho de 2016