Aliança de Misericórdia peregrina à Catedral da Sé

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Membros da Associação privada de fiéis peregrinaram à porta santa da Catedral da Sé e professaram e renovaram seus vínculos com a Comunidade
Publicado em: 21/09/2016 - 13:15
Créditos: Redação

A Catedral da Sé estava lotada na missa das 15h, no domingo, 18, a Comunidade Aliança de Misericórdia peregrinou à Porta Santa da Catedral da Sé por ocasião do Ano Santo extraordinário da Misericórdia.

A concentração começou na Praça da Sé, em seguida os fiéis passaram pela porta da misericórdia, e participaram da missa presidida por Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, concelebrada pelos padres João Enrique Porcu, fundador da Comunidade e Padre Rodrigo Custódio Andrade Ramos, presidente da Aliança de Misericórdia.

Também nesta ocasião a família Aliança de Misericórdia celebrou a profissão dos vínculos dos missionários com a Comunidade, foi o momento da  renovação dos vínculos dos membros da comunidade,  que tem como carisma "ser aliança de Misericórdia e ponte de Misericórdia entre pobres e ricos; centro e periferia; pequenos e grandes; igreja e igreja; dimensão carismática e libertadora; ação evangelizadora e de promoção humana; a vida de oração e de ação; homem e homem e povos e povos até os confins do mundo", conforme descrição em seu site.

Durante a celebração alguns missionários fizeram a profissão de vínculos de Oblação, Comunhão, Participação, Expiação e Holocausto, quando os padres, seminaristas e leigas celibatárias se prostraram diante do altar, em sinal de oferta total de suas vidas a Deus.

Para Samila Mendes,22, que está no segundo ano de formação da comunidade, ainda em discernimento de vínculos, foi um momento especial em sua vocação.

“Eu sou muito grata por estar aqui, ser Aliança de Misericórdia, essa missa representou que o meu coração já deseja. O chamado é um compromisso com Deus, vai muito além pois não é só um gesto espécie e sim um gesto interior de resposta da gratidão à Deus”.

Na homília, Dom Odilo falou aos missionários da Aliança - “Sejam testemunhas e missionários da misericórdia, pratiquem as obras de misericórdia todos os dias, este é o caminho da santidade e a missão de todos vocês”.

Em entrevista ao Portal Arquisp, o Padre João Enrique Porcu, um dos fundadores da Comunidade Aliança de Misericórdia, falou sobre a missão desta comunidade fundada no ano 2000.

“O nosso chamado é ser essa expressão de misericórdia de Deus para o mundo. Aliança é essa ponte entre ricos e pobres, entre centro e periferia, entre igreja e igreja, trabalhamos também com muitas igrejas evangélicas e também comunidade e comunidade”, destacou.

Sobre a renovação dos vínculos dos missionários, Padre João Enrique enfatizou - “cada membro da Aliança se vincula, quer dizer, se liga a uma aliança com Deus, como compromisso especifico, uns dão um passo de doação total para Deus como os consagrados e consagradas da aliança”.

Ao final, Padre João Henrique agradeceu ao Cardeal Scherer por toda sua contribuição para com o Movimento Aliança de Misericórdia. “Agradecemos a Dom Odilo, porque desde o começo do seu episcopado nos pediu que pudéssemos sentir a Aliança como no coração da igreja de São Paulo, e nos dizia que a Catedral é nossa casa. E assim nos sentimos realmente ao longo deste episcopado no seu pastoreio. Ele fez todo esforço e teve todo carinho para que nos sentíssemos no coração da Igreja. ” Encerrou Padre João Henrique.

História da Comunidade

O Movimento Eclesial Aliança de Misericórdia é uma Associação Privada de Fiéis, com sede na Arquidiocese de São Paulo, capital, cuja identidade se encontra em sua Palavra de Vida “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres…” (Is 61,1sse Lc 4,18-19).

O Movimento está presente em mais de 50 cidades do Brasil e outros 6 países (Bélgica, Itália, Polônia, Portugal, República Dominicana e Venezuela), através da adesão dos membros a um dos Elos de pertença.

No âmbito religioso a Aliança de Misericórdia acolhe e une as forças de homens e mulheres, celibatários e casados, leigos e clérigos, que, de várias formas e níveis, chamados por Deus, tornam-se “filhos da misericórdia” para evangelizar as ovelhas perdidas (cf. Lc 15, 4-7), confiantes na potência do Espírito Santo, realizando todas as obras de Misericórdia que as próprias forças permitirem.

Junto aos trabalhos de evangelização, o Movimento realiza diversas obras sociais voltados à população carente das periferias e ruas, conjugando harmoniosamente evangelização e caridade como faces de uma só moeda, e sendo reconhecida juridicamente como entidade de utilidade pública em âmbito municipal, estadual e federal.

(Fotos: Luciney Martins/ Jornal O SÃO PAULO)