Paróquia Pessoal Italiana São Francisco de Assis e Santa Catarina de Sena

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No centro de São Paulo, Paróquia Pessoal Italiana São Francisco de Assis e Santa Catarina de Sena mantém viva a fé e a cultura italiana
Publicado em: 13/07/2021 - 11:30
Créditos: Redação

Os fiéis da Paróquia Pessoal Italiana São Francisco de Assis e Santa Catarina de Sena, em São Paulo, estavam em festa na noite do domingo, 11. No entanto, não era para comemorar a vitória da seleção italiana de futebol na Eurocopa, mas para acolher seu novo Pároco, Padre Paolo Parise.

Natural de Marostica, no norte da Itália, Padre Paolo tem 54 anos e é sacerdote há 22. Missionário de São Carlos Borromeu (Scalabrinianos), ele vive no Brasil desde 2010 e é um dos coordenadores da Missão Paz, serviço voltado ao atendimento de migrantes e refugiados.

A celebração aconteceu na igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora da Paz, na baixada do Glicério, região central. A posse foi presidida pelo Padre Aparecido Silva, Vigário-Geral Adjunto da Região Episcopal Sé, que representou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. 

Padre Paolo sucede o Padre Giorgio Cunial, que atuou na comunidade por cerca de 50 anos e faleceu em maio. Na mesma missa, o Missionário também tomou posse do ofício de Vigário Paroquial na paróquia territorial, que tem como Pároco o Padre Antenor João Dalla Vecchia.   

Paróquia Pessoal 

Diferentemente das paróquias territoriais, uma paróquia pessoal é voltada à assistência pastoral de um grupo de fiéis de determinada língua, etnia ou cultura, no caso, os imigrantes italianos e seus descendentes que residem em São Paulo.

Embora a Paróquia Pessoal Italiana São Francisco de Assis e Santa Catarina de Sena tenha sido oficialmente instituída em 1956, sua origem se confunde com a da Paróquia Nossa Senhora da Paz, fundada em 1940 e constituída pelos imigrantes italianos que viviam no antigo centro operário da cidade, localizado entre os bairros do Cambuci, Mooca e Liberdade.

Com o passar dos anos, os italianos se espalharam para outros bairros da cidade e acabaram se fixando nas paróquias mais próximas de suas casas. No entanto, sentiam falta de uma comunidade onde pudessem cultivar suas tradições religiosas, a língua e a cultura próprias. Então, nasceu uma paróquia pessoal voltada a esse público, dedicada aos santos padroeiros da Itália.  

Manter as raízes  

Atualmente, é quase impossível contabilizar quantos italianos vivem na cidade de São Paulo. A maioria dos italianos natos que frequentam a comunidade chegou ao Brasil entre as décadas de 1950 e 1960. Também seus filhos, netos e demais descendentes, contudo, herdaram não apenas a tradição, como, também, a nacionalidade italiana e, por isso, também são considerados filhos da Itália. Muitas dessas famílias são ligadas a associações culturais de diferentes regiões italianas, que são responsáveis pela animação das missas.  

Há, ainda, uma estreita ligação com o Colégio Eugenio Montale, instituição de ensino localizada no Morumbi, na zona Sul, onde estudam inúmeros filhos de jovens famílias italianas que chegam ao Brasil. Todos os anos, uma média de 10 a 12 alunos fazem a primeira Eucaristia na Paróquia.

Norma Maradei, diretora social do Circolo Italiano e presidente da Associação Centro Calabrês de São Paulo, frequenta a Paróquia há mais de 30 anos. Filha de italianos, para ela, participar da comunidade não é apenas recordar a cultura de seus pais e avós, mas é uma forma de cultivar a fé como os seus antepassados lhe transmitiram. “Aqui eu me sinto como em uma grande família”, disse. 

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Fonte: https://osaopaulo.org.br/sao-paulo