Jovens unidos por um mundo de fraternidade

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Evento está inserida na Semana Mundo Unido (SMU), realizada desde 1996 em vários países, com ações concretas de solidariedade, atividades culturais
Publicado em: 08/05/2015 - 12:00
Créditos: Redação

Por Diego Monteiro

Mas afinal: o que é a fraternidade? É reconhecer o outro como irmão? Fazer-se um? Ir ao encontro do outro e estar aberto a ele? Esses questionamentos são constantes diante das adversidades da sociedade e fazem parecer que a fraternidade é utópica e apenas paira na imaginação de alguns. E por que não descobri-la?

Foi isso que dezenas de jovens se propuseram a fazer no sábado, 2, no Arsenal da Esperança, ao participarem da Jornada Mundo Unido, promovida pelos Jovens por um Mundo Unido, do Movimento dos Focolares.

Foi um dia com muita música, apresentações, oficinas em grupo e relatos de experiências. Como parte do cenário, havia um painel, no qual os participantes colavam peças para montagem de um quebra-cabeça que continha imagens da cidade de São Paulo e seus contrastes: favelas, centro histórico e alguns pontos turísticos. “É uma metáfora da cidade que a gente vive. Quer mostrar que cada um tem a sua importância e o seu dom para colocar a serviço do outro. Se cada um fizer a sua parte, esse Mundo Unido acontece”, explicou Samara Chedid, idealizadora do painel.

A Jornada é uma das atividades da Semana Mundo Unido (SMU), realizada desde 1996 em vários países, com ações concretas de solidariedade, atividades culturais, shows e manifestações pela paz, reunindo jovens de diversas etnias, religiões, idades e condições sociais.

‘Afago’ de fraternidade

Cerca de 20 jovens acordaram cedo, saíram num ônibus fretado do bairro Jardim Pedreira, na zona sul, até o bairro da Mooca, na zona leste, onde aconteceu a Jornada Mundo Unido, para também viver de forma concreta a fraternidade. Eles são assistidos pela ONG Afago, que promove atividades recreativas para crianças e cursos profissionalizantes para adolescentes e jovens desprovidos de recursos, além de dar assistência a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Regiane Mares, 19, participa desde os 6 anos da Afago. “Eu agradeço muito do que sou à Afago. Eu vejo muitas pessoas da minha idade que estão num caminho errado e eu fico pensando que se eu não tivesse a Afago para me apoiar onde estaria hoje? Eu não sei”, disse à reportagem.

Regiane é voluntária na biblioteca da entidade e foi convidada para dirigir a oficina de poesia. “Surgiu uma proposta para eu orientar a oficina de literatura marginal, para as crianças e adolescentes. Essa oficina tem por objetivo orientá-los para que transformem em poesia a realidade que vivem e a marginalidade que os rodeia”, afirmou a jovem. “Se você for pedir a qualquer um dos jovens que estão aqui para que em uma palavra descrevam a Afago, eles vão responder: família”, concluiu.