CNBB é contrária à mudança do Estatuto do Desarmamento

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CNBB lança nota sobre o momento nacional no final da 53ª Assembleia Geral
Publicado em: 25/05/2015 - 15:00
Créditos: Edição nº 3052 do Jornal O SÃO PAULO – página 11

Ao final da 53° Assembleia Geral da CNBB, em abril, em nota sobre o momento nacional, os bispos apontaram diversos temas que para eles devem ser olhados e analisados com cuidado pelos políticos e pela sociedade civil.

Entre esses temas está a possível revogação do Estatuto do Desarmamento. A nota destacava que o Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento, é “outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência. A arma dá a falsa sensação de segurança e de proteção. Não podemos cair na ilusão de que, facilitando o acesso da população à posse de armas, combateremos a violência. A indústria das armas está a serviço de um vigoroso poder econômico que não pode ser alimentado à custa da vida das pessoas. Dizer não a esse poder econômico é dever ético dos responsáveis pela preservação do Estatuto do Desarmamento”.

Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, Dom Guilherme Antônio Werlang, revogar essa lei é colocar a vida de todos os brasileiros em risco. Para ele, mais pessoas armadas “não trazem nenhum impacto para a redução da criminalidade e dos homicídios. Essa é uma falsa ideia, pois a livre circulação de armas facilitará seu acesso aos que vivem no mundo do crime. Com a facilidade de obter mais armas, consequentemente, mais crimes serão cometidos. Portanto, revogar o Estatuto do Desarmamento somente aumentará os homicídios no Brasil. A arma de fogo é um instrumento de morte e não de defesa. E o Estatuto é uma forma de defesa, a favor da vida”. (EB)

Edcarlos Bispo