Canto litúrgico: uma experiência que ultrapassa a superficialidade do texto e da música

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<p>Dando continuidade ao tema do canto litúrgico, o professor,músico e liturgista, Márcio de Almeida,abordou a música no Ano Litúrgico</p>
Publicado em: 30/10/2014 - 09:45
Créditos: Edição nº 3025 do Jornal O SÃO PAULO – página 21

A Comissão de Liturgia da Região Episcopal Sé realizou o 4º Encontro de Formação Litúrgica de 2014 nos dias 21 e 22 de outubro, na Paróquia Nossa Senhora da Consolação, no centro da capital. Dando continuidade ao tema do canto litúrgico, o professor, músico e liturgista, Márcio de Almeida, abordou a música no Ano Litúrgico.

“Começamos falando do sentido de cantar a liturgia, para, depois, passar pelos vários ministérios, partes da missa até chegar a trabalhar o Ano Litúrgico”, explicou o Professor, que também é membro do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e da Equipe de Reflexão de Música Litúrgica da CNBB.

No material entregue aos participantes, desenvolvem-se assuntos como a “mistagogia da música ritual”, por meio de passos como descrever ação ritual e “dialogar” com os sinais sensíveis da música ritual – texto, melodia, contexto –, aprofundar sua raiz bíblica e o sentido teológico, além de vivenciar a experiência da salvação.

“O canto se torna fato de experiência. Unido aos passos anteriores, permite ultrapassar a superficialidade do texto e da música. Canta-se o “mistério”. O mistério canta em nós e em todo o universo. Algo se modifica”, ressalta Márcio de Almeida.

Padre Helmo Cesar Faccioli, coordenador regional da Comissão de Liturgia, avaliou positivamente os quatro encontros de formação. “É um trabalho de conscientização lento, com uma expressiva participação dos leigos e encarregados das músicas nas paróquias da Região”. Em 2015, o tema do canto litúrgico continuará enquanto aprofundamento em tempos específicos do ano litúrgico, nos encontros regionais e nos dois encontros arquidiocesanos.

Cláudia Magalhães Alves de Freitas, animadora, tecladista e cantora na Paróquia São Joaquim, no Cambuci, participou dos três últimos encontros. “O Márcio traz uma bagagem que não temos, uma cultura diferente, um aprendizado novo. Há algumas coisas que não absorvemos logo de primeira, por isso, os encontros acontecem com certa frequência. De um modo geral, está sendo proveitoso”, avaliou.

Fernando Geronazzo