Celebração em Ação de Graças Pela Batificação de Irmã Irene Stefani

A A
A Missionária da Consolata, Irene Stéfani será proclamada Bem-aventurada em Nyeri, Quênia no dia 23 de maio de 2015.
Publicado em: 11/05/2015 - 13:30
Créditos: Ir. Melania Lessa, MISSIONÁRIA DA CONSOLATA

 

Com carinho, temos a alegria de convidar todos a participarem  da Missa em Ação de graças pela Beatificação de

Ir. Irene Stefani!

Dia 23 de maio de 2015

às 16:30h

Igreja Matriz de Sant’Ana

                                        Rua Voluntários da Pátria, 2060

                                                                                               Santana – São Paulo-SP  

                                                                                                               

 

IR. IRENE STEFANI, LOGO BEM AVENTURADA!

A Missionária da Consolata, Irene Stéfani será proclamada Bem-aventurada em Nyeri, Quênia no dia 23 de maio de 2015. Um acontecimento extraordinário não somente naquela terra, mas também para toda a Família Consolata!

Mercedes, seu nome de batismo, nasceu no dia 22 de agosto de 1891 em Anfo, província de Brescia, Itália. Filha de Giovanni Stéfani e Annunziata Massari, era a quinta dos 12 filhos desta família abençoada e que fazia da fé o chão da vida. Jovem inteligente e bela, demonstrou desde cedo uma grande sensibilidade humana para com os pobres e sofredores. Já aos treze anos comunicou aos pais o seu desejo de ser missionária, mas só realizou o seu sonho aos 20 anos quando se apresentou ao Bem-aventurado José Allamano, fundador da Família Consolata, que a recebeu como um presente de Nossa Senhora. Era o dia 19 de junho de 1911, véspera da festa de Nossa Senhora Consolata.

No dia 12 de janeiro de 1912, ao entrar no noviciado, recebeu do Fundador o nome de Irene que significa paz. Dois anos depois, em 29 de janeiro de 2014, consagrou-se ao Senhor, assumindo como projeto de vida a essência da vocação missionária: “Amarei a caridade mais do que a mim mesma”. No final do mesmo ano partiu para o Quênia, bem no início da evangelização daquele país.

Seus primeiros seis anos de vida missionária foi entre os “carriers”, africanos alistados como carregadores de material bélico para ingleses e alemães durante a primeira Guerra mundial, em Tanzânia. Sensibilizados por estes irmãos, vítimas de doenças, fome e trabalho forçado, amontoados aos milhares, sem nenhum critério, em grandes galpões, os missionários e missionárias da Consolata deixaram os centros missionários para servi-los como enfermeiros da Cruz Vermelha. Neste verdadeiro “inferno social”, Ir. Irene destacou-se pela delicadeza e dedicação. Um dos oficiais ingleses chegou a afirmar: “Esta irmã não é uma mulher, mas um anjo de paz”. Aprendendo várias línguas, falava de Jesus e do céu, batizando, neste período, cerca 3000 jovens em perigo de morte.

Viveu a segunda etapa, de 1920 a 1930, em Ghekondi, entre o seu amado povo Akikuyu, diretamente envolvida como professora, enfermeira, catequista, acompanhante das jovens missionárias que chegavam ao Quênia, secretária dos pobres, assistente social... Apaixonada por Jesus Cristo, Ir. Irene desejava que todos o conhecessem e amassem. Seu coração generoso não conhecia limites. Caminhando velozmente, pelas florestas e colinas, sempre com o terço na mão, a qualquer hora, sem medir distâncias, socorria quem quer que fosse.  Escutava, encorajava, acompanhava com gentileza os jovens, as mães, os catequistas... E o fazia com tal amor e compaixão que o povo deu-lhe o nome de “Nyaatha”, ou seja, “a Mãe Misericordiosa”.

No dia 31 de outubro de 1930, com apenas 39 anos, Ir. Irene deixou esta terra, mas não sua missão.  O povo Akikuyu nunca se esqueceu daquela que “tinha a coragem de Deus”, que era  alegre, serena, gentil,  a “mãe de todos... toda caridade”, daquela que “comovia-se até às lágrimas diante das nossas dores”, que nos “ensinava a rezar e a sentir o gosto de Deus”, que “iria ao fim do mundo para falar de Deus a todos, com espontaneidade, como se fosse o seu respiro”.

 

Muitíssimas foram as graças alcançadas por sua intercessão, não só no Quênia, mas nos  lugares onde ela passou fazendo o bem. O milagre da multiplicação da água e da proteção extraordinária a cerca de 260 pessoas em Nipepe, Diocese de Lichinga, Niassa, Moçambique, em janeiro de 1989, relevou sua materna solicitude e ratificou sua santidade. Toda a Igreja, no Ano Nacional da Paz, no Ano da Misericórdia, no Ano dedicado à Vida Consagrada,  pode invocá-la: Bem aventurada Irene Stefani, Rogai por nós!                                                 

 

Ir. Melania Lessa, MC