Padres e diáconos estiveram na Cúria de Santana, dia 1º, com Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, que refletiu o papel do pároco na sua missão pastoral.
“Neste ano tivemos contato com vários textos do Magistério universal e particular que destacam a necessidade de conversão pastoral, a urgência da missão e a necessidade de ir ao encontro dos afastados. Recentemente recebemos o texto das novas diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil e não há referência ao papel do pároco e dos presbíteros em geral. Somente o documento 100 apresenta alguns elementos da missão do pároco à frente da comunidade paroquial”, destacou Dom Sergio ao apontar para o objetivo do encontro que era dar uma atenção especial à missão do pároco como pastor, testemunha da misericórdia, sujeito dinamizador da missão e animador da conversão pastoral na comunidade paroquial.
O bispo iniciou sua reflexão sobre o papel do pároco pastor a partir do Código de Direito Canônico, evidenciando que não se pode falar somente no poder de jurisdição do pastor, mas deve se por em relevo a missão de apascentar.
Nesse sentido, Dom Sergio destacou alguns pronunciamentos do Papa Francisco para reforçar sua explanação:
1) Sonhar uma Igreja que viva a compaixão de Jesus. Uma Igreja que tenha um coração sem confins, mas não só o coração, também o olhar, a docilidade do olhar de Jesus, que frequentemente é muito mais eloquente do que muitas palavras.
2) Os sacerdotes devem tornar-se cada vez mais conscientes de que sua tarefa de governar é um serviço profundamente espiritual e que sejam sinal da proximidade, da bondade, da solidariedade e da misericórdia do Senhor. Mas essa é uma tarefa também de quantos estão comprometidos nos diversos âmbitos da pastoral.
3) Pastor não é multiplicador de atividades, mas deve estar atento às pessoas e ao seu encontro com Deus.
4) Pastoral sem oração nem contemplação nunca poderá alcançar o coração das pessoas, e é o testemunho o início de uma evangelização que atinge o coração e o transforma.
5) O grande desafio da Igreja hoje é tornar-se mãe, não uma ONG. A identidade da Igreja é evangelizar, ou seja, fazer filhos. É ser acolhedora e terna.
“Sair de si não é uma aventura, é um caminho que Deus indicou aos homens... E quando eu saio de mim, encontro Deus e os outros. Ser pastor é ter criatividade, acolhida, oração, paciência, pregação, proximidade, discipulado, perseverança, fé. Não se assuste, pastor. O Senhor, o bom Pastor, está contigo na missão. No planejamento da missão para 2016 não se esqueça de olhar estes elementos com calma, oração e com o povo”, disse Dom Sergio na conclusão de sua exposição.
Também na reunião, os procuradores da Mitra Arquidiocesana acompanhados dos coordenadores de Contabilidade e Jurídico explicaram ao clero o plano de contabilidade da Arquidiocese