Santa Sé defende na FAO um desenvolvimento “humano” sustentável

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O representante da Santa Sé definiu o desenvolvimento humano sustentável como sendo um desenvolvimento que coloca ao centro a pessoa,suas capacidades reais,enquanto indivíduos e família
Publicado em: 10/06/2015 - 08:00
Créditos: Redação, com Rádio Vaticano.

O chefe da delegação da Santa Sé junto à Conferência anual da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a FAO, Monsenhor Fernando Chica Arellano, defendeu hoje na plenária da Organização que não basta simplesmente defender um desenvolvimento sustentável, é preciso promover um desenvolvimento humano sustentável que não se limite a ver o agricultor unicamente como um sujeito econômico.

“O produtor rural é uma pessoa capaz de participar dos processos decisórios e nas opções vinculadas à produção, à conservação e à distribuição dos frutos da terra”, afirmou Monsenhor Arellano.

Desenvolvimento humano sustentável

O representante da Santa Sé definiu o desenvolvimento humano sustentável como sendo um desenvolvimento que coloca ao centro a pessoa, suas capacidades reais, suas limitações, particularidades e necessidades, tanto enquanto indivíduos como em família.

Somente assim, e com uma visão ética e humanamente alicerçada, “se poderá colocar fim de uma vez por todos ao subdesenvolvimento no mundo rural”, afirmou chefe da delegação vaticana. Mons. Arellano exortou ainda para que “o empenho solidário da Comunidade internacional seja orientado de maneira clara para o mundo rural”.

Novos caminhos

Ao citar as novas exigências do setor agrícola, Mons. Arellano considerou urgente outorgar um papel central à agricultura no âmbito da atividade econômica e “este não pode ser orientado somente à elaboração de estratégias e projetos”.

“Os famintos” – concluiu Mons. Arellano – “não são frias cifras à mercê das estatísticas. Não são entidades teóricas. São pessoas reais que padecem e que, frequentemente, gritam e choram sem que ninguém as escute. São vidas truncadas, que vêm desvaídas suas esperanças e pisoteados seus direitos”.