A Paixão a Cristo mesmo debaixo de chuva

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Uma mensagem de fé e esperança expressada por meio da arte. Foi dessa forma que a 20ª edição da encenação da Paixão de Cristo emocionou mais de mil espectadores...
Publicado em: 30/03/2016 - 14:45
Créditos: Larissa Fernandes

Uma mensagem de fé e esperança expressada por meio da arte. Foi dessa forma que a 20ª edição da encenação da Paixão de Cristo emocionou mais de mil espectadores no estacionamento do Hipermercado Atacadão, na Parada de Taipas, mesmo em meio à forte chuva da Sexta-feira Santa, 25.

Idealizado pelo Grupo Teatral Arte de Viver, Cia de Teatro Montfort, Comunidade Missão Mensagem de Paz e Comunidade de Aliança Cristo Libertador, o evento contou com aproximadamente 160 pessoas, entre elenco e produção, e abordou a questão do saneamento básico, que foi tratada na Campanha da Fraternidade de 2016.

Roberto Bueno, diretor da peça, explicou que a apresentação tem o objetivo de passar uma mensagem de amor e fé de maneira catequética, por isso, é baseada nos quatro evangelhos e aborda desde a criação do mundo até a Morte e Ressurreição de Cristo. “Neste ano, falamos da questão do lixo e também fizemos referência ao Ano Santo da Misericórdia logo no início da encenação, quando Jesus aparece com faixas nas cores azul e vermelho, simbolizando água e o sangue”, revelou.

Para o Diretor, a apresentação foi marcada pela superação, tanto dos atores e produção quanto do público, pois a chuva comprometeu a qualidade de algumas cenas por causa do palco molhado, além de ter prejudicado o som, “As pessoas se entregaram, foram ‘para cima’ e fizeram acontecer”.

Um dos momentos mais marcantes foi a representação da via crúcis, quando Jesus, interpretado pelo ator Clayton Lima, desceu do palco e percorreu no meio da plateia o caminho doloroso até o calvário. Diferentemente dos anos anteriores, não houve a procissão do Senhor Morto pelas ruas do bairro.

Clayton conta que evoluiu profissionalmente com a peça. Ele atua desde 2001 e interpreta Jesus há oito anos. A principal mensagem passada ao cristão, segundo ele, é a de esperança. “É uma história que não acaba na cruz, ela continua. Jesus ressurge e dá a vida”. A funcionária pública Vânia Augusto, que assistiu pela primeira vez a peça, disse se sentir renovada. “Foi muito emocionante. Eles se doaram de corpo e alma”, afirmou. Para ela, a Páscoa deve ser uma comemoração de amor e partilha entre as famílias.

Ao final da apresentação, Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, parabenizou os espectadores e atores, e discorreu sobre a união da fé e da arte como forma de evangelização. “Muito obrigado a vocês que nos fizeram orar de modo diferente, com a beleza da dança, do teatro e da arte. Valeu a pena estarmos aqui”, comentou.