Reflexão do Diácono Mario Braggio

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20/07/2015 - 23:30

Maria, uma adolescente comum que residia numa aldeia sem importância e afastada dos centros de poder respondeu “sim” ao convite que recebeu para participar do propósito salvífico de Deus, que possibilitou aos judeus e a toda a humanidade se tornarem herdeiros daquilo que foi prometido a Abraão.

Foi a primeira a acolher, cuidar, adorar e proteger Jesus. Como as mães de sua época educou-o, instruiu-o, socorreu-o e tratou dele em todos aqueles momentos que fazem parte da vida de qualquer garoto em crescimento: uma doença aqui, um machucado ali, um acidente doméstico...

O menino cresceu e deu lugar ao homem adulto, que deixou o seu lar para realizar o plano do Pai, para cumprir a sua missão. Desde então, ela tornou-se sua discípula, acompanhou-o a muitos lugares e, corajosamente, manteve-se firme ao pé da cruz e na hora da sua morte.

A família de Jesus cresceu, ultrapassando os limites do nome, dos laços de sangue, do parentesco, da Lei. Agora, a família do Filho congrega todos aqueles que fazem a vontade do Pai: a mãe, os irmãos e as irmãs.

É claro que Maria é – e para sempre será – a “cheia de graça”, a Mãe de Deus. Não há dúvidas de que Jesus não pretendeu menosprezá-la ou rejeitá-la e tampouco os seus parentes. Mas era preciso deixar claro, de maneira inequívoca, quem são os que fazem parte da sua família e o que os une.

Fazer a vontade do Pai é seguir e testemunhar Jesus. É fazer o que ele fez: acolher, incluir, amar incondicionalmente. É participar ativamente do Reino anunciando-o, buscando a justiça, vivendo a fraternidade, semeando a paz.

Todos nós, incluindo você e eu, somos chamados a ajudar concretamente na ampliação do Reino, que pertence aos pobres e aos pequenos; àqueles que acolhem Jesus com o coração humilde, disponível e desinteressado.