Reflexão do Diácono Mario Braggio

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12/05/2015 - 00:15

Jesus continua preparando os seus discípulos para sua partida. Pode-se imaginar o quanto eles estão preocupados, tristes e sofrendo com a situação. Contudo, o Senhor lhes dá uma notícia aparentemente contraditória, porém animadora e esperançosa: “é bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor” (Jo 16,7).

O Defensor ao qual Jesus se refere é o Espírito Santo. O Espírito da justiça e da verdade por meio do qual a) os discípulos compreenderão, mesmo nas aflições e diante das dificuldades,  que a sua partida é a vitória sobre o mal;  b) os discípulos encontrarão forças e coragem para dar prosseguimento à missão que lhes foi confiada; c)  a comunidade se fortalecerá e se manterá unida ao seu Senhor.

Trata-se do mesmo Espírito que agiu em Jesus desde o início. Graças a ele – ao Espírito Santo –  a comunidade enfrentará a sociedade injusta que incriminou o Cristo, o matou e agora persegue os discípulos.

Os que o mataram se alegram com isso e festejam a sua ausência. Porém, essa ausência é momentânea. O sofrimento dos discípulos será dissipado quando da ressurreição do Salvador.

Jesus voltará para o Pai, sim, mas permanecerá presente no Paráclito, e este na comunidade. Esta, por sua vez, passará da angústia e da tristeza decorrentes da partida de Jesus para a alegria da vitória da Vida sobre a morte.

Ontem e também hoje, a missão do Espírito Santo é desmascarar a sociedade hipócrita, injusta e desigual que rejeita, exclui e gera a morte dos pobres e dos menos favorecidos.

O Espírito Santo permanece conosco e presente no nosso meio. Seu projeto é o mesmo de Jesus e, junto com a Igreja, o concretiza. Confiemos nele e peçamos o seu auxílio para que possamos continuar anunciando e participando da construção do  Reino de Deus.