Reflexão do Cônego Celso Pedro

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05/07/2015 - 00:15

Ez 2,2-5; Sl 122 (123); 2Cor 12,7-10; Mc 6,1-6

Décimo Quarto Domingo do Tempo Comum

Jesus está em Nazaré, cidade em que se criou, onde viveu sua infância e sua juventude. Agora ele é adulto, já fez a sua aparição pública e tem seguidores. Seus discípulos o acompanham. Na sexta-feira à noite, quando o sol se põe, os judeus dão início ao descanso sabático. Reúnem-se e acolhem o Shabbat, que chega como se fosse uma pessoa e não simplesmente um dia. No Sábado pela manhã reúnem-se de novo e lêem as Escrituras, em primeiro lugar uma passagem do Pentatêuco, que chamam de Torá e depois fazem a leitura de um profeta. Como bom judeu, Jesus foi à sinagoga de Nazaré e depois das leituras tomou a palavra e começou a transmitir os seus ensinamentos. Falava bem, falava com sabedoria e, sobretudo, ensinava transmitindo palavras de vida. O que para nós é bonito, para os ouvintes de então pareceu estranho e começaram as murmurações. Gostaram de como ele falava, mas não aceitaram a verdade transmitida porque não aceitaram a pessoa de Jesus. Afinal, quem era Jesus? Não era um deles, um como eles? Era um carpinteiro conhecido de todos, assim como sua família. E aí aconteceu o que acontece sempre: Eu não aceito o que ele está dizendo porque é ele que está dizendo. Barreiras de preconceito impedem a visão da verdade. Nem milagres aconteceram, não porque Jesus não quisesse, mas porque eles não tinham fé. Jesus curou alguns doentes e ficou admirado com a falta de fé dos nazarenos. O próprio Jesus se defronta com algo inesperado. O que está acontecendo? Por que essa reação negativa? Jesus, porém, não desistiu. Continuou ensinando nos povoados vizinhos.