“Quem é o maior no Reino dos Céus?” Nos reinos deste mundo os “maiores” são os que têm mais dinheiro, mais força e mais poder. No reinado de Deus, porém, a lógica é outra: são os que praticam o bem, buscam a justiça e semeiam a paz; são sinceros, humildes e verdadeiros – como uma criança – sem maldade e sem malícia.

A criança também representa o pequeno, o indefeso, o desfavorecido social e economicamente. Aquele que confia e se abandona aos cuidados de quem o protege, sem soberba e sem orgulho. Ao trazê-la para o centro do grupo de discípulos, Jesus dá o exemplo do caminho da conversão que deve ser seguido.

Nos reinos deste mundo os “maiores” querem ser servidos, bajulados e temidos. No reinado de Deus os “maiores” são os que se colocam disponíveis, são os que servem. Não há espaço para aspirações ao poder e a primazias.

Jesus fala em conversão, em dar a volta, em mudança. Certamente ele não se refere à mudança de comportamento, mas à mudança de atitude – disposição interior – radical e profunda.

O discípulo missionário leva consigo a presença de Jesus para onde quer ele que vá. Por isso, afirma o Mestre: “quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe”.

A Comunidade é o lugar da salvação. Afastar-se dela, extraviar-se, distanciar-se do grupo em que se vive, enfraquece, debilita.

Infelizmente, contudo, muitas vezes não é a ovelha que se perde, mas é perdida pela Comunidade. Por isso o bom pastor vai ao encontro de cada um que se aparta; oferece-lhe ajuda, cuida dele e o resgata.

Na Comunidade dos seguidores de Jesus todos são importantes e necessários. Todos e cada um – por “menor” que seja – ocupam um lugar muito especial. As lideranças devem conhecê-los pelo nome e interessar-se por eles oferecendo-lhes atenção e carinho.