Parábola do Joio - Diácono Mario Braggio

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27/07/2015 - 08:30

As parábolas de Jesus levam aquele que as ouve a se posicionar diante dele e sua missão.

Os discípulos não haviam compreendido a parábola do joio. Jesus não a explica nos mínimos detalhes, apresenta-lhes, porém, o que se poderia chamar de “chaves de leitura” ou “chaves de compreensão”. Ao fazê-lo, esclarece que a luta fundamental é entre a justiça (trazida por ele) e a injustiça (obra do Diabo). Essa luta não é fácil, mas – com a graça de Deus – vencerão aqueles que lutarem pela justiça.

O juízo acontecerá no fim e será feito por Deus. O “fim” se refere à comunhão de tudo e todos com o Pai, o Criador. Enquanto o fim não chega, há que haver paciência para que possamos chegar à conversão e à salvação. A nós não nos cabe julgar ninguém. Cabe-nos imitar o Pai esforçando-nos para sermos misericordiosos.

Somos imediatistas, rápidos para tirar conclusões e ágeis para condenar. Queremos arrancar o joio agora. O dono da plantação, porém, não tem pressa; quer a salvação de todos e, por isso dá a chance para que os injustos, os maus, os exploradores e os aproveitadores se convertam; ao mesmo tempo, evita cometer injustiça com os que buscam o Reino de Deus e a justiça, arrancando o trigo.

O trigo e o joio são parecidíssimos. Deus nos conhece pela essência e não pela aparência. Damo-nos a conhecer pelos frutos que produzimos: são eles que denotam a nossa bondade ou a nossa maldade. Por isso, somente na hora da colheita é que se pode saber qual é um e qual é o outro.

Jesus nos adverte: nenhum de nós está livre de se transformar em joio, basta ceder às tentações do “diabo”. Estas não são poucas e, nos dias atuais, se apresentam sob muitas faces, desde as mais explícitas às mais dissimuladas. Dentre elas destacam-se a soberba, o orgulho, a intolerância, a exclusão, o ódio, a inveja, a ânsia pelo poder e pelo prestígio na Comunidade.