O que abre as portas do céu? - Cônego Celso Pedro

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06/11/2015 - 17:15

TRIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM
1Rs 17,10-16; Sl 146; Hb 9,24-28; Mc 12,38-44

Tomem cuidado, diz Jesus, com aqueles que ensinam a Lei de Deus mas gostam de andar com roupas vistosas, de serem cumprimentados, das primeiras cadeiras e dos melhores lugares. Cuidado com eles, sobretudo quando vão rezar na casa de uma viúva para ficar com a herança ou com os bens que ela possui. Não é difícil enganar as pessoas para que façam doações, ou até fazer boas obras esperando boas doações. É possível também fazer doações por caridade, pela fé que se tem, com sinceridade e liberdade. Quem doa, doa com alegria e não forçado pela esperteza de quem recebe. Quem recebe, recebe com gratidão e destina a oferta em primeiro lugar para que não haja necessitados na comunidade, e depois para as obras de evangelização e para o esplendor da casa de Deus. Muita gente rica depositava boas ofertas no cofre do Templo. Não ficaram mais pobres por isso. Deram o que lhes sobrava. Uma pobre viúva deu duas moedinhas. Era tudo o que possuía. Por que deu? Certamente porque tinha fé e o fez livremente. Jesus que estava por perto e viu a cena elogiou a viúva e disse aos discípulos que ela doou mais do que todos os outros. Há gananciosos que se aproximam da viúva para devorar os seus bens, e há viúvas piedosas que partilham o que tem com quem tem menos. Isto nos é dito no fim do ano litúrgico, e fim de ano civil, para que nos preparemos para a morte e para o julgamento de Deus. Onde estão os verdadeiros valores da vida? O que vale a pena e o que não vale? O que abre as portas do céu?

Queremos ir para o céu, e Jesus já foi a nossa frente. Ele, que destruiu o pecado pelo sacrifício de si mesmo, quer que nos apresentemos ao julgamento sem pecado. Por isso, ajudamos a Deus enchendo de farinha as vasilhas vazias como na história de Elias e a viúva de Sarepta.