“O Pai e eu somos um” - Diácono Mario Braggio

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19/04/2016 - 00:15

Jo 10,22-30

Durante a festa da Dedicação do Templo, Jesus passava por ali quando foi assediado pelos líderes contrários a ele. Rodeando-o, exigiam uma resposta clara sobre a sua condição de Messias: “até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”.

Jesus responde que já disse isso e já fez obras em nome do Pai que dão testemunho dele, porém mesmo assim eles não acreditam. E não o fazem porque não são suas ovelhas, ou seja, não são seus seguidores.

Ora, para crer é preciso querer. Mesmo diante das palavras e das obras de Jesus, muitos se recusavam a acreditar nele. Receavam as consequências e os desdobramentos decorrentes dessa atitude, pois, a crença no Senhor gera conversão, seguimento e compromisso. O programa proposto por Jesus exige mudança de vida; nada tem a ver com posição, prestígio, riqueza e poder – objetos dos desejos de muitos. Para esses, não é conveniente e nem é fácil abrir mão de tais valores...

Essas autoridades não desejavam de fato conhecer a Jesus. Não queriam saber se ele era o Messias para acolhê-lo e acompanhá-lo. No fundo, o que pretendiam era incriminá-lo.

Jesus afirma: “o Pai e eu somos um”. Isso escandaliza seus adversários; para eles trata-se de uma blasfêmia, por isso recolhem pedras para apedrejá-lo. São incapazes de compreender que a união e o amor entre o Filho e o Pai são muito fortes; que ele cumpre plenamente a vontade do Pai.

E quanto a nós? Será que ainda estamos esperando mais sinais e milagres? Ou então que Jesus venha nos procurar, em particular, e afirme abertamente a sua identidade para – aí sim – fazermo-nos seus seguidores?

Quem aceita Jesus como o Filho de Deus, torna-se seu discípulo e, como tal, ouve e reconhece a sua voz, leva adiante a boa-nova colocando-se a serviço do próximo.