Misericórdia de Deus - Cônego Celso Pedro

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29/05/2016 - 00:15

NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM
1Rs 8,41-43; Sl 116; Gl 1,1-2.6-10; Lc 7,1-10

O oficial romano, agente direto do império que dominava Israel, tinha fé, amor e humildade. Amor pelo seu empregado e fé em Jesus. Deus faz milagres para mostrar a misericórdia do seu coração e sua vontade de que todas as suas criaturas vivam bem, solidárias entre si, ajudando-se mutuamente. Aqui buscaram Jesus e o encontraram porque nele se realiza o que o rei Salomão pede a Deus: que no Templo de Jerusalém todos sejam atendidos em suas orações, até mesmo quem não pertence ao povo de Israel. Nós buscamos Jesus e seus amigos, os santos que estão no céu e os santos que estão na terra, aqueles que se interessam pelos outros e são responsáveis em suas tarefas. Buscamos o médico, o farmacêutico, o hospital, o pronto socorro, o remédio, buscamos quem ajude. Rezamos para que nossos impostos sejam bem aplicados na saúde pública. Rezamos para que se passe do discurso de saúde pública e aborto para simplesmente a saúde de dona Maria e de seu José, que nunca são bem atendidos. Os governos têm obrigações e nossas comunidades têm muito amor, que se manifesta na solidariedade fraterna. São Paulo exorta os cristãos da Galácia a não modificarem o Evangelho, a não passarem para outro porque esse outro não existe. Esta exortação vale para todos os tempos e para todas as circunstâncias, tanto para o passar da Igreja de sempre para alguma outra fundada ontem, quanto para a camuflagem do Evangelho. Podemos perder de vista o Cristo do Evangelho na sua bondade e na sua simplicidade e envolvê-lo de panos e enfeites. A paisagem e a geografia podem ser diferentes, mas o Evangelho permanece como modelo a ser ouvido e seguido. A língua falada pode ser outra, a linguagem do amor, é a mesma. Aquele oficial romano já não existe. O ser humano, sim!