“Levanta-te!” - Diácono Mario Braggio

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13/09/2016 - 00:15

Lc 7,11-17

Quando Jesus, acompanhado dos seus discípulos e de uma grande multidão, chegam à porta da cidade de Naim, encontram-se com uma mãe viúva e seu filho único que acabara de morrer também acompanhados de uma grande multidão.

“Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!” Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe” (Lc 7, 13-15).

Jesus sentiu compaixão, ou seja, uma forte e profunda emoção; um sofrer junto com o outro. Colocou-se no lugar da mulher, penetrou na intimidade daquela que perdeu tudo o que lhe restava, quiçá até a vontade de viver.

Foi ao seu encontro e, gratuita e desinteressadamente, revivificou o filho amado ordenando-lhe, com firmeza e autoridade, para se levantar. É a Palavra viva, que dá vida, resgata, salva.

Não há troca de palavras entre Jesus e a mãe, somente o diálogo entranhado entre aqueles que se entenderam perfeitamente no âmago da situação.

O Senhor não fica indiferente à nossa dor e às nossas dificuldades. Ele é, e será sempre, o Senhor de Misericórdia, o autor da vida, o Salvador. “Sua misericórdia se estende de geração a geração”(Lc1,50) pelos sofredores, injustiçados, pequenos, pobres, oprimidos, indefesos... pelos que choram.

E nós, como nos comportamos diante da tristeza e do sofrimento dos outros? Ignoramos, seguindo a lógica do “cada um com os seus problemas”? Assistimos à distância preferindo não intervir para não nos comprometermos? Limitamo-nos a dizer dois ou três chavões, da boca para fora, apenas para “marcar a presença”?

Não tenhamos receio de ir ao encontro dos mais necessitados, dos que sofrem e dos que se encontram doentes, oferecendo-lhes auxílio, amparo e esperança.