Mt 13,16-17

A Igreja celebra neste 26 de julho a memória de S. Joaquim e S. Ana, Pais de Maria Santíssima. Os evangelhos não fazem referência aos avós de Jesus. De acordo com escritos apócrifos, porém, ambos pertenciam à tribo de Judá, descendiam do rei Davi, e já estavam casados há mais de vinte anos sem ter filhos quando Ana deu à luz uma menina que recebeu o nome de Maria, cujo significado em hebraico seria “exaltada por Deus”.

Olhando para a Mãe de Jesus pode-se crer que eles, como bons pais, deram o melhor de si nos cuidados e na educação da menina. Não foi por acaso que aquela adolescente de um pequeno povoado chamado Nazaré aceitou humilde e corajosamente ser a Mãe do Salvador: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). A formação recebida em casa e a graça de Deus fizerem de Maria modelo de fé, de coragem, de quem acolhe, guarda a Palavra de Deus no coração e a põe em prática, e de fiel seguidora de Jesus.

No evangelho de hoje Jesus nos diz: “Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram” (Mt 13,16-17). Ora, poder ver o Messias, ouvir sua mensagem, segui-lo e – quiçá? – lutar a seu lado, sempre foi o sonho, o desejo de muitos. Pois agora o Messias está ali, em carne o osso, anunciando o Evangelho e nem todos os que o enxergam e escutam de fato o veem e o ouvem.

Hoje não é muito diferente. Ainda há entre nós que desejam “ver Jesus” e lamentam o fato de não terem convivido com ele para poder ouvir sua voz, tocá-lo, comer com ele, assistir aos seus milagres, etc. Certamente tudo isso satisfaria os nossos sentidos... Contudo, o nosso encontro pessoal com Jesus não pode depender disso. Não pode se limitar a vê-lo e ouvi-lo, pois muitos que o fizeram não o reconheceram e o condenaram; não é verdade?  Esse encontro se dá na fé. Jesus não está mais aqui neste mundo, contudo, permanece vivo na Eucaristia, na Palavra e nos irmãos.