“Eu sou o pão da vida” - Diácono Mario Braggio

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12/04/2016 - 00:15

Jo 6,30-35

“Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não sofrerá fome, aquele que crê em mim não passará sede”(Jo 6,35).

O alimento é essencial para a nossa saúde e sobrevivência. Sem ele ficamos desnutridos, adoecemos, somos privados do convívio e corremos risco de morrer. Isso não muda com o passar do tempo; ao contrário, desde o nascimento até o final da nossa vida, necessitamos nos alimentar. E estamos sempre com fome...

Na Palestina, no tempo de Jesus, o pão era alimento frequente na vida do povo e rico de significado. Era fruto do céu, da natureza e do trabalho. Não foi por acaso que o Senhor serviu-se de uma linguagem mística para apresentar-se como o pão da vida, “que é em primeiro plano o ensinamento e no segundo plano a eucaristia”.

Na difícil caminhada pelo deserto, Moisés liderou o povo que, faminto, foi alimentado com o maná pelo Pai. Jesus, entretanto, é o alimento que desceu do céu trazendo a verdadeira vida ao mundo.

Antes dele, outros já haviam empregado o pão ou o alimento em sentido figurado (profetas, Provérbios, Eclesiástico...), mas Jesus, porém, o faz de maneira original. O pão deste mundo mantém a vida, contudo, não é a vida. Ele, Jesus, é o único alimento que dá a vida eterna; é a única possibilidade de salvação.

Muitos não procuram verdadeiramente a Jesus; desejam apenas aquilo que acreditam que ele possa oferecer: cura para a doença, solução para o desemprego; conquista de determinada meta ou objetivo. Estão sempre a fazer o que bem entendem e a tomar as decisões que lhes convém, todavia, quando o cinto aperta, correm a pedir auxílio ao “Solucionador” de problemas e dificuldades...

Jesus nos convida a comungar da sua Palavra e da Eucaristia. Fazê-lo implica segui-lo, imitá-lo, agir como ele agiu, ainda que sejamos discriminados, caluniados, perseguidos e castigados por causa disso.