DISCÍPULAS E MISSIONÁRIAS - Raul Amorim

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22/09/2017 - 08:30

Lc. 8,1-3

O Evangelho de hoje nos mostra Jesus e seu grupo andando de um lado para outro, percorrendo cidades e povoados. Era literalmente “um grupo em saída” para evangelizar. Ao grupo de seguidores juntaram-se as mulheres. O evangelista Lucas faz questão faz questão de citar alguns nomes...

Lc. 8 1-: Depois disso, Jesus percorria cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Notícia do Reino de Deus. Os Doze iam com ele...

Todas as pessoas têm o direito de ouvir o anúncio evangélico. O Papa Francisco insiste “numa Igreja em saída”.  A Igreja deve ter um rosto missionário: próxima, aberta, capaz de sair para ir ao encontro das pessoas por caminhos novos. Deve ser  uma voz profética na sociedade tão  injusta do nosso tempo.

Jesus e seus seguidores não ficaram “parados”, mas foram ao encontro das pessoas para levar a alegria do evangelho e o sentido verdadeiro da vida. Era “uma Igreja em movimento”! Na exortação apostólica “Alegria do Evangelho” o Papa Francisco diz: “Procuremos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, trilhar novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, palavras cheias de significado para o mundo atual”

Lc. 8,2... E também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Suzana e muitas outras, que serviam Jesus com os bens que possuíam.

Aqui está a grande novidade do evangelho. Ao contrário dos mestres da época, Jesus aceita em seu grupo mulheres com seguidoras e discípulas. A força libertadora de Deus, atuante em Jesus, faz a mulher se libertar, levantar e assumir a sua dignidade.

Basta  a gente prestar atenção na História da Salvação para percebermos a importância da mulher. As duas primeiras pessoas a terem certeza da vinda do Messias são duas mulheres: Maria de Nazaré e Isabel a mãe de João Batista. É uma mulher que vai dar o se “SIM” permitindo que a Salvação comece a acontecer.

 Em nossas comunidades a maioria são mulheres que se doam à Igreja participando ativamente dos Movimentos e Pastorais. O que seria da Igreja sem as mulheres? Lucas nomeia Maria Madalena, da qual Jesus expulsou sete demônios.

Ninguém pode mais pensar mal a respeito dela. Demônio é tudo aquilo que se opõem as forças do bem. São também forças que nos escravizam. Como a sociedade civil e religiosa marginalizava as mulheres, estas se julgavam inferiores. O Discipulado as liberta, pois, como seguidoras de Jesus podem falar e dar opinião.

Joana, a mulher de Cuza, alto funcionário do rei Herodes, portanto, uma mulher da Corte. A mensagem do Evangelho quebra muros e constrói pontes!

O evangelista Marcos define a atitude das seguidoras de Jesus em três verbos: seguir, servir, subir até Jerusalém: “Elas seguiam e serviam Jesus quando estava na Galiléia. E muitas outras, que tinham subido com ele para Jerusalém. (Mc. 15,41) Solidárias sempre!

P/ CEBI (Centro Estudos Bíblicos). Raul de Amorim Pires.> raul4ap@gmail.com