Deus nos dá o seu Santo Espírito - Cônego Celso Pedro

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24/07/2016 - 00:15

DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM
Gn 18,20-32; Sl 138; Cl 2,12-14; Lc 11,1-13

As conversas com Deus acontecem em quatro momentos: Nós nos colocamos diante dele e o adoramos porque ele é o único necessário e o único absoluto. Nós nos reconhecemos pequenos, passageiros e carentes e o adoramos com humildade, mas sempre com amor e alegria. Adoramos e agradecemos. muita coisa para agradecer. Se olharmos a vida com olhos positivos veremos muitas coisas boas que nos cercam, muita gente boa que nos acompanha. Na oração, nós nos reconhecemos pecadores e necessitados de perdão. Pedimos então perdão de nossas faltas dispostos a perdoar quem faltou contra nós. E pedimos favores de que precisamos para a nossa vida de cada dia, para a nossa saúde e a das pessoas doentes que conhecemos, para a concórdia dentro de casa e no trabalho, para o próprio trabalho que não pode faltar em nossa vida, para as complicações nas quais nos metemos e não sabemos como sair, pelas pessoas que se recomendaram às nossas orações, pela conversão das pessoas más, pelos falecidos e por tantas outras necessidades. O evangelho nos diz que podemos pedir, procurar, bater, podemos insistir. Deus, porém, diz São Lucas, não nos dará coisas boas. Ele nos dará o bem maior que podemos almejar que é o Espírito Santo e seus dons. Nós damos coisas boas uns aos outros. Deus nos o seu Santo Espírito. Ora, o Espírito Santo é o amor na Trindade e o verdadeiro Amor é sempre criativo. O amor pensa no amado e se volta para ele procurando-lhe toda espécie de bem. E esse amor foi derramado em nossos corações pelos Espírito Santo que nos foi dado, lemos na carta aos romanos. Estando em nossos corações, ele nos põe em contato com as necessidades dos nossos irmãos e irmãs, e desenvolve em nós a criatividade para procurarmos nós mesmos, ajudando-nos uns aos outros, a solução dos nossos problemas. Assim faremos de forma solidária o que está em nossas possibilidades até o fim, até o extremo de nossas forças, e quando não pudermos mais, diremos a Deus: “Agora é com o Senhor. Precisamos de um milagre, de uma intervenção divina”.

Na oração de Abraão: Deus não condena os justos com os pecadores, mas ele salva os pecadores com os justos. É preciso, porém, que haja ao menos um justo no meio de nós, e há, nosso Senhor Jesus Cristo.