Aquele que me enviou está comigo - Diácono Mario Braggio

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04/04/2017 - 00:15

Jo 8,21-30

A Palavra de Jesus, no evangelho de João, esclarece a comunidade a respeito de quem ele é e da sua situação no mundo.

O tema principal deste fragmento é a revelação que Jesus faz de si mesmo. Ao declarar “Eu sou” (v.24), Jesus certamente escandalizou os seus interlocutores. Uma blasfêmia! Afinal, “Eu sou” (Yavé), evocava o nome por meio do qual Deus revelou-se a Moisés (cf. Ex 3,14).

Jesus assume o “Eu sou”. Assume esse nome porque é, de fato, o Filho de Deus, o Messias libertador, o portador da Vida – a própria Vida – para todos aqueles que a desejam e a procuram.

Por outro lado, a questão subentendida é a proposta de Jesus no seu conjunto e a coerência da nossa fé em relação a ela. Quem é Jesus para nós e qual o significado disso na nossa vida como um todo, incluindo a família, o trabalho, as relações sociais e a comunidade?

O Senhor comprometeu-se com a vida, projeto do Pai, e foi sempre fiel a ele. Quanto aos seus adversários – as autoridades religiosas – optaram pelo projeto de morte... Não compreendiam quem é Jesus; menos ainda quem é o Pai.

“Para onde eu vou vocês não podem ir” significa, ainda hoje, que escolhendo o caminho da morte, rejeitando o dom da salvação, afastando-se de Deus, não há como encontrar-se com ele na vida eterna.

Jesus afirma que o Pai está com ele e que não o deixa sozinho, porque ele sempre faz o que é do agrado de Deus. De fato, o Pai está sempre com o Filho porque este busca as coisas do Alto.

A descoberta de Jesus e a nossa conversão a ele leva-nos a sermos seus discípulos. Como discípulos de Jesus, devemos compreender que segui-lo implica assumir o seu caminho, ou seja, o caminho de Jesus é o nosso caminho.