“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” - Diácono Mario Braggio

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08/12/2015 - 00:15

Lc 1,26-38

“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28). Com estas palavras o mensageiro de Deus saudou a adolescente humilde que morava no pequeno vilarejo de Nazaré, resumindo quem era aquela que haveria de ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus, nosso Salvador.

“Cheia de graça” – do grego Kecharitomene – quer dizer que Maria já estava plena, repleta da graça de Deus, ou seja, em santidade e em graça santificante. Ora, para encontrar-se cumulada da graça de Deus, ela precisava estar sem pecado, o que cremos firmemente, aconteceu, para que o Menino pudesse nascer de um ventre imaculado. A sua concepção sem o pecado original não foi uma conquista pessoal e nem decorreu do seu próprio merecimento, mas deu-se pelos méritos de Cristo, que a salvou antecipadamente.

Deus atua no mundo por meio dos homens e das mulheres, independentemente das suas características pessoais. O que faz a diferença de fato é a forma como tais pessoas compreendem, acolhem e põem em prática as suas propostas.

Diante da proposta de Deus, o “Sim” de Maria suplanta qualquer outro que possa ter sido dito ao longo da história da humanidade, afirmando disponibilidade total, desinteressada e corajosa da parte daquela garota frágil e delicada, por meio da qual Deus se faz presente no mundo para a nossa salvação.

Em Maria não se encontram os mais remotos sinais de orgulho, egoísmo, soberba ou prepotência. Ela se declara “serva do Senhor”; aceita humildemente ter sido escolhida e propõe-se a cumprir fielmente o seu projeto.

Nós, assim como Maria, somos chamados por Deus para também participar da construção do Reino. Fico pensando em mim e convido-o a pensar em você também sobre como reagimos diante dos projetos que Ele nos apresenta ao longo da nossa vida: nós dizemos “sim” e os acolhemos com amor e boa vontade, sem impor condições, entregando-nos a eles, ou os ignoramos fazendo prevalecer o que nos interessa egoística e comodamente?