A regra de ouro - Diácono Mario Braggio

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21/06/2016 - 00:15

Mt 7,6.12-14

“Tratai os outros assim como quereis que vos tratem” (Mt 7,12 – Bíblia do Peregrino). Só mesmo o Senhor para resumir a Escritura em tão poucas palavras...

Ao nos ensinar esta regra de ouro, Jesus não está se referindo aos bons modos (sempre desejáveis) que devem existir entre as pessoas. Tampouco a uma troca de gentilezas e de favores: “eu faço o que você quer e dou o que você necessita para que você também faça o que eu quero e me dê o que eu necessito”.

Jesus nos apresentaisto sim – o critério básico para a prática da justiça. Trata-se de uma atitude a ser formada pela educação ao longo da vida ou pela conversão pessoal, em ambos os casos comprometida com a consciência de cada um.

O Antigo Testamento recomenda respeito e consideração para com os inimigos e destaca certas situações em que isto não pode deixar de ocorrer. Por exemplo: ninguém pode alegrar-se com a queda do inimigo... Todavia, não há um mandamento a respeito de amar o inimigo. De fato, Jesus propõe algo absolutamente novo ao aperfeiçoar a lei, especialmente em relação à caridade.                                                                                                                                                                                                                         

Essa regra revoluciona mentes e corpos, transforma a sociedade humana e contribui de maneira ímpar para a construção do reinado de Deus à medida que promove a cooperação, a fraternidade e a solidariedade.

Somos filhos do mesmo Pai, portanto, somos todos irmãos. E como os irmãos podem se maltratar, se desentender e se odiar, se eles todos são amados da mesma maneira pelo Pai?

Não é nem um pouco fácil seguir essa regra, mas, tendo-a como luz que ilumina a nossa conduta, devemos “pagar” o ódio com o amor, o mal com o bem, a discórdia com a união e a ofensa com o perdão.

Fazer ao outro aquilo que você quer que ele lhe faça é uma chave que abre todas as portas, cura ferida da alma, amansa o coração, une, integra, dispõe à ação, gera felicidade.