Setor Sapopemba abre Campanha da Fraternidade Ecumênica

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A 53ª Campanha da Fraternidade traz em seu texto base dados alarmantes sobre a situação do saneamento básico no Brasil
Publicado em: 17/02/2016 - 11:45
Créditos: Texto e fotos: Peterson Prates

As sete paróquias do setor pastoral Sapopemba abriram a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 com uma tarde de exposição para agentes de pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São Roque. Com tema “Casa Comum, Nossa Responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Am5,24)”, a campanha, organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), tem por objetivo “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e nos empenharmos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”.

A exposição foi assessorada por Fábio Gomes, professor e agente pastoral do setor, que partilhou com todos a experiência no encontro estadual da CFE, promovido pelo Regional Sul 1 da CNBB no fim do ano passado, com a participação de outras Igrejas Cristãs.

A 53ª campanha, 4ª ecumênica, traz em seu texto base dados alarmantes sobre a situação do saneamento básico no Brasil. Lembrando que saneamento básico é um conjunto de serviços que garantam água potável, coleta e tratamento de esgoto sanitário, limpeza urbana e drenagem das águas pluviais. Segundo o texto, mais de 100 milhões de pessoas no Brasil não tem acesso a coleta de esgoto.

Há poucas semanas, duas comunidades da Paróquia Santa Rosa de Lima, no Jd. São Nicolau, foram atingidas por uma enchente. Reflexo da falta de drenagem urbana das águas pluviais. Em bairros mais periféricos que compõe a Região Belém, como o Jd. da Conquista, há moradores sem coleta de esgoto, que muitas vezes é despejado a céu aberto.

Fábio recordou, por meio de dados, a realidade de alguns bairros da região de Sapopemba e São Mateus: até alguns anos atrás os moradores não tinham acesso a água encanada e muitos cavavam poços, por vezes contaminados com os esgotos.

Participaram do encontro mais de 150 pessoas, entre elas coordenadores de grupos de rua, que foram se aprofundar na temática da campanha para iniciarem os encontros nas casas.

Segundo Fábio, o cuidado com a Casa Comum “começa na nossa casa, no nosso bairro, para chegar à cidade. Assim, a gente vai ampliando essa grande rede de zelo com aquilo que é nosso”.

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