Papa aos 'mejistas': saber distinguir a verdadeira paz de Jesus

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Em encontro internacional do Movimento Eucarístico Jovem, Francisco responde pergunta de jovem da Arquidiocese
Publicado em: 07/08/2015 - 11:15
Créditos: Redação com Rádio Vaticano

O Papa Francisco recebeu, na manhã desta sexta-feira, 7, cerca de 2 mil membros do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) do mundo inteiro, que realizam, em Roma, um encontro internacional para comemorar seus 100 anos de fundação. Uma delegação brasileira também marcou presença na audiência. A coordenadora do MEJ na Arquidiocese de São Paulo, Ana Carolina Santos Cruz, 19 anos, fez uma das perguntas ao Pontífice.

“Qual foi o maior desafio ou dificuldade que o senhor Papa enfrentou na Missão como religioso?”, perguntou a jovem da Paróquia São Geraldo, em Perdizes.

“Saber distinguir a verdadeira paz de Jesus”, respondeu o Papa.

“A verdadeira paz vem sempre de Jesus. Mesmo se, às vezes, embrulhada em uma cruz. Mas, é Jesus que te dá a paz naquela prova. Ao contrário, a paz superficial, aquela que te deixa 'um pouco contente', vem do inimigo, do diabo”.

Mas Francisco também fez uma pergunta à brasileira quando ela foi saudá-lo. “Quem é melhor, Pelé ou Maradona?”, brincou o pontífice, recordando a rivalidade entre o Brasil e sua terra natal, Argentina, no futebol.  

Tensão e conflito

Destacando a questão da tensão e do conflito colocados por outros jovens, o Santo Padre disse que as tensões desenvolvem a coragem e fazem crescer. “Um jovem deve ter a virtude da coragem. Um jovem sem coragem é um jovem aguado, um jovem velho. Às vezes quero dizer, e já disse, aos jovens: por favor, não se aposentem”.

O Pontífice então recordou que as tensões se resolvem com o diálogo e que a elas o jovem não deve se apegar muito porque, no final, fazem mal. “Um jovem que só sabe viver na tensão está doente”, afirmou.

Sobre os conflitos culturais, Francisco voltou a pedir respeito pela diversidade, verdadeira riqueza de um povo. “Uma cultura com tantas culturas diferentes dentro, deve procurar a unidade mas com o respeito a cada uma das identidades. O conflito se resolve com o respeito à identidade”, reiterou o Papa.

Por fim, Francisco recordou que a memória de Jesus está presente e nos salva na Eucaristia. “Não é um ritual somente, uma cerimônia. É uma outra coisa. É ir até o Calvário, onde Jesus deu sua vida por mim. Cada um deve dizer isso”, finalizou o Bispo de Roma.

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